quarta-feira, 27 de julho de 2016

Operação Perfeito

Título: Operação Perfeito
Autor: Rachel Joyce
Páginas: 304

Byron, um garoto de 11 anos, foi informado pelo colega que dois segundos seriam adicionados ao tempo para corrigir a sincronia do movimento da Terra. Byron ficou tão perturbado com a notícia que, qualquer coisa diferente que acontecia, ele atribuía ao acréscimo dos dois segundos. E várias coisas aconteceram...

A mãe se mata, o pai o abandona, o melhor amigo se muda, ele transforma-se num paranoico, passa por instituições de apoio e nunca mais consegue ser uma pessoa normal. Tudo isso começou por causa dos dois segundos... Livro tenso e sombrio, mas interessante.

Trechos interessantes:

"-A gente vai se atrasar.
-A gente nunca se atrasa - disse Byron. Era uma regra do pai deles. Um inglês deve sempre ser pontual.     (pág. 19)

"James Lowe contou para Byron, certa vez, que fazer mágica era uma questão de brincar com a verdade. Não era uma mentira. O que as pessoas viam, disse ele, dependia muito do que estavam procurando." (pág. 34)

"-[...]Embora seu pai seja um homem muito inteligente, é claro. Muito mais do que eu. Nunca li um livro do começo ao fim.
-Você lê revistas. Você lê livros de receita.
-Sim, mas eles têm fotos. Livros inteligentes só têm palavras." (pág. 39/40)

"Existem lacunas em sua memória, lacunas de semanas, de meses, e às vezes até de mais. Relembrar o passado é como viajar para um lugar onde ele esteve uma única vez, e descobrir que tudo foi suspenso e desintegrado." (pág. 72)

"Paula diz que o problema é que pessoas como Jim são boas demais. E ele sabe que o problema não é esse. O problema é que as pessoas precisam que outras pessoas - como Eileen - sejam ruins demais." (pág. 130)

"Eles conversam sobre várias coisas. A jardinagem dele, as novidades no café do supermercado. Quando ele descreve o aconchego ela gargalha bem alto, e ao ouvi-la gargalhando ele também enxerga o lado engraçado da história, e não sente mais medo. Ele pensa no quanto gostaria de ter aquilo na vida, a gargalhada dela, sua forma de enxergar as coisas, e se pergunta se é isso que as pessoas buscam em um parceiro ou amigo: a parte de si mesmos que está faltando." (pág. 212)

"Às vezes é mais fácil, pensa ele, viver os erros que cometemos do que reunir a energia e a imaginação necessárias para consertá-los." (pág. 294/295)

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