quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Eu sei o que você está pensando

Título: Eu sei o que você está pensando
Autor: John Verdon
Páginas: 340

Há tempos não lia um bom romance policial, mas a leitura deste livro veio quebrar o jejum. Para mim que adoro esta literatura do tipo investigativa, com enigmas, deduções, suspense e tudo o mais, o livro em questão não deixa nada a desejar.
A história é centrada em um detetive aposentado (David Gurney) que se vê às voltas com um criminoso, no mínimo, diferente dos padrões habituais. O criminoso se vangloria de conhecer a fundo suas vítimas, fazendo-as pensar em um número de 1 a mil e descobrindo o número pensado. Este é o início de uma série de crimes que desafiam a polícia. Daí até a revelação final você ainda verá muitas surpresas.
Ótima leitura para os amantes do gênero.

Trechos interessantes:
"Com habilidade, ela fazia as palavras soarem entre uma pergunta e um desafio." (pág. 14)

"[...] Um quebra-cabeça a ser decifrado o atraía mais do que ele gostaria de admitir." (pág. 18)

"-Não sei se você é o pior mentiroso que já conheci, Mark, mas com certeza está concorrendo ao título." (pág. 71)

"[...] Para encontrar a verdade sobre mim mesmo devo parar de insistir que já a conheço. Nunca vou tirar a pedra do caminho se não conseguir enxergar o que ela é." (pág. 82)

"Deprimia-o ficar pensando nisso, ficar andando naquele beco sem saída, como se na décima vez fosse encontrar algo que não estava ali na nona." (pág. 95)

"-Às vezes as escolhas têm consequências que não prevemos." (pág. 156)

"-Deixe-me dizer uma coisa. Eu vim aqui hoje porque parecia uma coisa razoável a fazer. Você quer verificar todas as possibilidades. Eu também." (pág. 195)

"-Olha, detetive, há um nível de confusão aqui com o qual não estou satisfeito." (pág. 213)

"[...] seu pai, um homem cuja monotonia essencial era interrompida apenas por fagulhas de sarcasmo, cuja atenção estava sempre em outro lugar, cujas paixões eram desconhecidas e cuja partida para o trabalho de manhã parecia agradá-lo mais do que o retorno para casa no fim da tarde. Um homem que, na busca pela paz, estava sempre indo embora." (pág. 245)