domingo, 7 de junho de 2015

A síndrome E

Título: A síndrome E
Autor: Franck Thilliez
Páginas: 368

Ao assistir a um filme antigo, Ludovic fica cego e liga para sua ex-namorada e detetive de polícia, Lucie. Ela envia o filme para especialistas e descobre que, dentro do filme, há outro filme oculto, com mensagens subliminares. A partir daí segue uma trama de espionagem que percorre a França, o Canadá e o Egito.

O livro é repleto de ação e típico do gênero, fazendo com que o leitor se interesse cada vez mais pela narrativa. Só uma mente perturbada poderia ser responsável pelas atrocidades mencionadas no livro. Para os amantes do gênero, uma boa leitura.

Trechos interessantes:

"-Tendemos a achar que é o olho que vê, mas ele é apenas uma ferramenta, só isso, um poço de luz. Leia esse texto, compreenderá.
Lucie pegou o cartão impresso que ele lhe estendia:
'Eset txeto etsá auqi para msotrar que nssoo cérbero não tdrauz exatamnte o que nssoo olho vê. Mas que, iflnueciado plea exeprinêcia, ele recohle globalemnte as palavars, sem se perocupar com a ordem das lertas.'" (pág. 41)

"É quando nos afastamos das coisas mais simples que nos damos conta para sempre de que elas não são assim tão sem graça." (pág. 74)

"-Como pode notar, o pedestre é soberano - observou Nahed, recuperando o sorriso. - O pedestre que está dentro de um carro, naturalmente.
Sem buzina, impossível avançar no Cairo. E sem uma boa audição, impossível atravessar." (pág. 108)

"Os assassinos de Claude Poignet não haviam escapado ao princípio de Locard, que dizia: 'Qualquer um, ou qualquer coisa, que esteja presente no local de um crime leva consigo algo desse local e deixa alguma coisa para trás quando parte.' Ninguém é infalível ou invisível, nem mesmo o mais consumado dos canalhas." (pág. 176)

"-Todos passamos por isso. As crianças existem para nos lembrar que nem sempre as prioridades são as que julgamos como tais. Mesmo às vezes sendo difícil, elas reorganizam nossa existência.
-Quantos filhos o senhor tem?
-Mais que o necessário." (pág. 196)

"Perguntaram a três pessoas, um alemão, um francês e um egípcio, qual seria a nacionalidade de Adão e Eva. O alemão respondeu: 'Adão e Eva têm uma saúde boa e levam uma vida higiênica; devem ser alemães!' O francês afirmou: 'Adão e Eva possuem corpos sublimes e eróticos: só podem ser franceses!' Mas foi o egípcio que deu o veredito: 'Adão e Eva andam nus como minhocas, não tem dinheiro sequer para comprar sapatos, e, ainda assim, estão convencidos de que vivem no Paraíso: são egípcios!'" (pág. 198)

"No fundo, ela queria se convencer de que havia esperança, de que todas as terras calcinadas terminam por regenerar-se, um verão ou outro. Aquele homem provavelmente vivera tudo que há de pior, teria, dia após dia, empurrado com seu bastão uma bolha de vida que se destruía incessantemente a cada nova incursão no domínio do Mal." (pág. 352/353)

"Não nos confunda com a ralé que povoa suas ruas. Somos cientistas, pensadores, tomadores de decisão, fazemos o mundo avançar. E todo avanço exige sacrifícios, de todos os tipos. Sempre foi assim, por que teria de mudar?" (pág. 357)

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