quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Antes que eu vá

Título: Antes que eu vá
Autor: Lauren Oliver
Páinas: 358

O início do livro parece uma história normal sobre a vida de uma adolescente: Samantha Kingston, suas amigas, suas colegas de escola, se namorado, seus conflitos de adolescência e por aí vai. De repente a história muda, quando ela descobre que morreu, mas tem a possibilidade de reviver aquele dia novamente.

E assim começa a "segunda parte" do livro quando ela tenta mudar os acontecimentos para se salvar e, sempre acontece alguma coisa que a impede de atingir seu objetivo e ela acaba tendo que reviver novamente o último dia. Com a história no seu ápice, você chega a imaginar vários tipos de finais para o livro e, no meu caso, achei o final decepcionante. Mas talvez é porque eu não tenha sensibilidade para entendê-lo. Quem sabe?

Trechos interessantes:

"A questão é: nós podemos fazer coisas desse tipo. Sabe por quê? Porque somos populares. E somos populares porque podemos sair ilesas de tudo. Então é um círculo vicioso.
Acho que o que estou tentando dizer é que não adianta analisar. Se você desenhar um círculo, sempre haverá um lado de dentro e um lado de fora e, a não ser que você seja completamente idiota, é bem fácil perceber qual é qual. É simplesmente assim que funciona." (pág. 17)

"Não devia ter matado a aula de inglês, isso me deu muito tempo para pensar. E pensar não faz bem a ninguém, independentemente do que digam pais, professores e nerds do clube de ciência." (pág. 41)

"Ele não é muito bom com peitos em geral, para falar a verdade. Quer dizer, não é como se eu soubesse como deveria ser, mas sempre que ele toca meus seios, simplesmente os massageia em círculos, com força. Meu ginecologista faz a mesma coisa quando me examina, então um dos dois tem que estar fazendo errado. E, para ser sincera, não acho que seja o médico." (pág. 50)

"Uma boa amiga guarda segredos para você. Uma melhor amiga ajuda você a guardar os próprios segredos." (pág. 83)

"O pior de tudo é saber que não posso contar para ninguém o que está acontecendo - ou o que aconteceu - comigo. Nem mesmo para minha mãe. Acho que faz anos desde que conversei pela última vez com ela sobre coisas importantes, mas começo a sentir falta dos dias que acreditava que ela podia resolver tudo. É engraçado, não é? Quando se é novo, só se quer crescer, e depois só se quer voltar a ser criança." (pág. 103)

"Eis outra coisa a se lembrar: a esperança o mantém vivo. Mesmo quando você está morto, é a única coisa que o mantém vivo." (pág. 106)

"Eis uma das coisas que aprendi naquela manhã: se você ultrapassar um limite e nada acontece, o limite perde o sentido. É como aquele velho enigma sobre uma árvore caindo em uma floresta, e se ela faz ou não barulho, se não há ninguém por perto para ouvir." (pág. 150)

"É a coisa mais esquisita. Sou popular - muito popular -, mas não tenho tantos amigos. O que é mais estranho é que é a primeira vez que percebo isso." (pág. 172)

"Os detalhes que compõem o padrão especial da minha vida, como em colchas de retalhos, que são especiais por causa dos pequenos defeitos na costura, pequenos espaços, altos-relevos e falhas que jamais podem ser reproduzidos.
Algumas coisas se tornam lindas quando você realmente olha." (pág. 261)

"Eu me lembro de que uma vez assisti a um filme antigo com Lindsay; nele o protagonista falava sobre quanto é triste o fato de que na última vez que a pessoa faz sexo ela não sabe que é a última vez. Como nunca nem tive uma primeira, não sou exatamente uma expert, mas suponho que seja assim para a maioria das coisas na vida - o último beijo, a última risada, a última xícara de café, o último pôr do sol, a última vez em que você salta um borrifador de água ou toma uma casquinha de sorvete, ou põe a língua para fora para pegar flocos de neve. Você simplesmente não sabe." (pág. 315/316)

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