sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Mequiel - o caçador de sonhos

Título: Mequiel - o caçador de sonhos
Autor: Beth Valentim
Páginas: 214

Mais um livro de autoajuda que me caiu às mãos. Como já disse, esses livros não são o meu forte, mas não tenho nenhum problema quanto a lê-los. Se bem não fizer, mal também não fará. Mas a história em si é interessante, bem simples, mas interessante.

Mequiel é um físico, que eu diria, já com a vida arrumada. Tinha um bom emprego, uma namorada, mas era também um sonhador. De repente, encheu a cabeça com um sonho inalcançável e, sem avisar nada pra ninguém, abandonou tudo para seguir esse sonho. Depois de 20 anos retorna, sem nada ter conseguido, para descobrir que havia destruído a vida de todos aqueles que se preocupavam com ele.

Trechos interessantes:

"O tempo não tem segredo, apenas sabe esperar. E as verdades aparecem. Ele quer acomodar a maturidade, desfazer mal-entendidos. É humilde mas verdadeiro, certeiro. Impõe-se, mostrando o que de real aconteceu, sempre. Ninguém escapa... Os trechos da vida, antes incompreensíveis, passam a ter sentido." (pág. 2)

"-E quando uma pessoa se acha um herói, nem percebe o quanto precisa de alguém... Vira as costas e sai derrubando tudo que está a sua frente." (pág. 34)

"O herói antigo não tinha o direito de recusar um desafio. O de hoje estuda-o com cautela. Não teme, mas nem por isso perde facilmente o que adquiriu ao longo do tempo. O herói de ontem era aplaudido pelos tantos que matava. O de hoje pelos que consegue salvar. Mas antes de salvar alguém, salva-se." (pág. 42)

"Meu amigo, pedir ajuda não é ser fraco, é ser o mais esperto, no bom sentido... É estar atento à vida." (pág. 71)

"Falava sobre o perdão, de maneira contagiante. Enfatizava que perdoar, de forma alguma, significa concordar com a ofensa nem com a injustiça sofrida. Que ser humilde não é ser bobo, mas ter um coração terno e aberto para escutar o que o outro tem a dizer. Ao menos dar a chance de falarem. Que as pessoas crescem quando estão mais disponíveis para perdoar." (pág. 124)

"Ter paz é saber usufruir da vida de maneira simples, obter tranquilidade. É ter intimidade com esse sentimento. A paz desespera as pessoas, que querem obter resultados de qualquer maneira." (pág. 174)

"A compulsão de viver no heroísmo fez com que não saísse à procura de seus desejos mas, sim, de coisas que pudesem tapar os buracos de sua vida. Desejo se cuida. Não se deixa escapar facilmente. Do que correu atrás eram só quereres. Existe diferença entre desejo e querer. Obtém-se o desejo, quando se está completo. Quando se tem o conhecimento de si próprio. Assim as escolhas são viáveis." (pág. 177)

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