domingo, 28 de outubro de 2012

13 Histórias de Arrepiar

Título: 13 histórias de arrepiar
Autor: Alfred Hitchcock
Páginas: 250

Não se deixe influenciar pelo título, a única coisa sensata é que as histórias são em número de treze, o resto é só para chamar a atenção.Novamente, mais uma compilação de histórias de suspense, de qualidades variadas, algumas boas, outras nem tanto. No geral o livro está acima da média para o gênero, pois, na minha opinião, seis (talvez sete) histórias são boas.

Como curiosidade temos uma história ambientada no Brasil, incluindo os personagens com nomes comuns no Brasil, o que é raro de se encontrar nestas histórias. Entre as que considero boas, destaco: "Uma questão de Ética" (esta, a ambientada no Brasil) e "A última autópsia".

Trechos interessantes:

"Não tenho a menor ideia do que há com os Estados Unidos da América que faz com que as festividades se desvirtuem, ao chegar às nossas bandas." (pág. 9)

"Deem a uma criança um dos chamados brinquedos pedagógicos. Se a criança tiver um mínimo de espírito, irá destruir rapidamente o brinquedo e encontrará coisas interessantes e variadas para fazer com a caixa que o continha." (pág. 12)

"Manuel permitiu-se uma risadinha, a caminho do centro da cidade. Se alguém salva sua vida, pensou ele, então você lhe deve uma vida em troca. E se alguém paga por uma morte, então você lhe fica devendo uma morte pelo dinheiro que recebeu." (pág. 43)

"Ele sempre procurava manter uma aparência calma e comum na presença dos serviçais. Camareiros, garçons, recepcionistas de hotel, todos possuíam uma capacidade irritante de se recordar de certos pequenos maneirismos dos fregueses, ao serem interrogados posteriormente." (pág. 54/55)

"Do ponto de vista da punição, os assassinatos só ocorriam se os outros descobriam. Mas ele não ia sair pela rua a dizer a todo mundo que assassinara a esposa. Ela também não contaria nada a ninguém. E a única coisa que o velho relógio de pé diria seriam as horas." (pág. 71)

"Em seu ofício, ser reconhecido pelos amigos significava ser, mais cedo ou mais tarde, localizado pelos inimigos." (pág. 82)

"Era como a piada do londrino que dormia com as batidas do Big Ben, durante anos a fio. Mas na noite em que o relógio quebrou e as badaladas não soaram, o londrino acordou sobressaltado, gritando: 'O que aconteceu?'" (pág. 94)

"Não nos conhecemos uns aos outros, Roy. Mas conhecemos ainda menos a nós mesmos. Estou absolutamente convencido disso." (pág. 199)

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