quarta-feira, 26 de julho de 2017

Não espere pelo epitáfio!

Título: Não espere pelo epitáfio!
Autor: Mario Sergio Cortella
Páginas: 138

Como o próprio autor afirma, é um livro de provocações filosóficas. São vários textos publicados pelo autor, agora reunidos num único volume.

Vale pelas citações de diversas figuras ilustres da história. Minha opinião pessoal (veja bem, opinião e não crítica, não tenho capacidade para criticar ninguém) é que alguns textos se perdem num emaranhado de personagens e citações. De A para B, B para C, C para D, são tantas as ramificações que, no final, acaba perdendo o sentido da discussão inicial.

Trechos interessantes:

"[...] o dramaturgo espanhol Jacinto Benavente [...] foi tão enfático ao dizer que 'ninguém aprende a viver pela experiência alheia; a vida seria ainda mais triste se, ao começarmos a viver, já soubéssemos que viveríamos apenas para renovar a dor dos que viveram antes'." (pág. 21)

"Voltaire, um dos grandes pensadores iluministas e hóspede eventual da prisão na Bastilha dos começos do século 18 por seus artigos contra governantes e clérigos, escreveu em Cândido que 'o trabalho afasta de nós três grandes males: o tédio, o vício e a necessidade'." (pág. 29)

"É clássica uma pequena história, de muitos e diferentes modos recontada, que diz ter um sábio chinês adormecido e sonhado que era uma borboleta; nesse sonho, a borboleta também dorme e sonha ser um sábio chinês. Quando acordam, quem acorda? Quem acorda o quê? Quem era quem ao despertar? Qual era a realidade e qual o sonho?" (pág. 80)

"A novidade, mesmo aleatória, continua sendo o obscuro desejo de muita gente." (pág. 89)

"'Quem cora já está culpado; a verdadeira inocência não tem vergonha de nada' [Jean-Jacques Rousseau]" (pág. 96)

"Talvez G. B. Shaw estivesse certo ao propor que o homem razoável adapta-se ao mundo; o homem que não é razoável obstina-se a tentar que o mundo se lhe adapte. Qualquer progresso, portanto, depende o homem que não é razoável." (pág. 101)

"[...] Henry Ford dizia: 'a democracia de que sou partidário é aquela que dá a todos as mesmas possibilidades de êxito, segundo a sua capacidade. Aquela que repudio é a que pretende confiar ao número aquilo que pertence ao mérito'." (pág. 125)

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