domingo, 21 de agosto de 2016

A sorte do agora

Título: A sorte do agora
Autor: Matthew Quick
Páginas: 222

Bartholomew tem mais de 30 anos e apresenta problemas mentais. Com a morte da mãe passa a ficar totalmente desamparado pois ela era a figura central em sua vida. Para tentar encaixar Bartholomew no mundo real entram em cena um padre, uma bibliotecária e um sujeito que adora falar palavrões e acredita em aliens.

Tentando seguir em frente Bartholomew cria uma correspondência fictícia com Richard Gere (ator modelo para sua mãe) onde discute os problemas enfrentados e, sob a orientação de Dalai Lama, tenta achar as soluções. O resultado é uma história diferente e instigante.

Trechos interessantes:

"Se você quer que os outros sejam felizes, pratique compaixão. Se você quer ser feliz, pratique compaixão.
Dalai Lama" (pág. 7)

"'O mundo gosta mais de dinheiro do que da verdade', minha mãe também costuma dizer. 'Então, estamos ferrados'." (pág. 26)

"Dalai Lama afirma que 'devemos reconhecer que o sofrimento de uma pessoa ou de uma nação é o sofrimento da humanidade. Que a felicidade de uma pessoa ou de uma nação é a felicidade da humanidade'." (pág. 34)

"A beleza está dentro de todos nós, Bartholomew. Às vezes, ela apenas se esconde. Isso é certo." (pág. 100)

"Quando nosso coração está repleto de empatia, um forte desejo de eliminar o sofrimento alheio surge dentro de nós." (pág. 108)

"Para cada coisa ruim que acontece, uma coisa boa também acontece. É assim que o mundo permanece em harmonia." (pág. 121)

"Pessoas como você, eu e Elizabeth... Por que nós existimos, porra?
[...]
Talvez porque o mundo precise de pessoas como nós?
Para que, porra? Não fazemos nada, merda! Eu só rasgo ingressos na porra do cinema! Qualquer um poderia fazer isso!
Bem, se não houvesse gente estranha e incomum para fazer coisas esquisitas ou não fazer nada, não poderia existir pessoas normais que fazem coisas úteis e normais, não é?" (pág. 167)

"No Ocidente, as pessoas muitas vezes pensam erradamente que os koans são enigmas, testes intelectuais, algo a ser resolvido. Mas uma interpretação mais correta seria a de que os koans são breves histórias sobre as quais meditar. Eles não têm resposta. Não podemos 'resolver' ou 'entender' estes koans mais do que podemos resolver ou entender uma estrela cadente, o rugido de um leão, o cheiro do orvalho fresco sobre as rosas ou a sensação da areia morna entre nossos dedos dos pés. Só podemos refletir a fundo sobre todas essas coisas e nos deleitar com o mistério. É um erro achar que há uma resposta ou uma solução correta, mas também é bom refletir." (pág. 184/185)
"O pior pensamento era que mesmo se eu conseguisse fazer algo útil com minha vida no futuro, mesmo que um milagre acontecesse e eu, de alguma maneira, finalmente tomasse jeito, minha mãe e o padre McNamee não estavam mais por perto para ver. Eles morreram conhecendo o Bartholomew do passado, e eu não estava nem um pouco contente com o Bartholomew do passado." (pág. 202)

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