domingo, 26 de abril de 2015

Guia de uma ciclista em Kashgar

Título: Guia de uma ciclista em Kashgar
Autor: Suzanne Joinson
Páginas: 270

Três mulheres religiosas decidem partir da Europa para terras distantes na Ásia e levar seus ensinamentos. E resolvem fazer isso de bicicleta! A história registra os percalços enfrentados pelas mulheres no decorrer dessa jornada. Culturas diferentes, línguas diferentes, discriminações, isolamentos e vários outros fatores fazem parte desta aventura.

O final não é o que se pode chamar de 'final feliz' mas, tendo em vista as agruras sofridas, já era esperado alguma coisa do gênero. Paralelamente à história das ciclistas é contada uma história nos tempos atuais e, ao final do livro, as duas histórias se interligarão. O livro fala pouco de bicicletas, mas muito de diferentes culturas e acho que isso é válido.

Trechos interessantes:

"Fomos levadas para uma hospedaria muçulmana porque somos consideradas azaradas demais para sermos abrigadas pelos chineses." (pág. 21)

"Dificuldades a superar: Há a dificuldade de montar, a dificuldade de guiar, a dificuldade de pedalar; e depois há a dificuldade geral de fazer todas essas coisas ao mesmo tempo." (pág. 33)

"A própria Millicent nos ensinara que esse é um lugar onde, antes de entrar em uma casa, devemos lavar as mãos três vezes em água despejada pelo anfitrião; onde mandam que nos levantemos, com as mãos juntas, palmas para cima, como que segurando o Corão, e então que passemos as mãos pelo rosto num gesto religioso de bênçãos; onde os salamaleques são sérios e os homens mais velhos acariciam barbas em sinal de cortesia." (pág. 67)

"O conhecimento permanece dormente nos ossos até ter oportunidade de florescer de novo." (pág. 118)

"A primeira lição de vida: bens materiais não têm valor algum. As pessoas passam a vida querendo carros maiores, casas maiores, televisões maiores, Frieda, e onde chegam com isso? Qual é o valor disso? A resposta é nada! Em lugar algum! Olhe o mar, o céu, e veja: somos o mesmo que eles." (pág. 132)

"Possibilidades: Há sempre novidades e possibilidades de entusiasmo, pois é incomum que em uma viagem de bicicleta tudo ocorra conforme esperado ou planejado." (pág. 156)

"Sua mãe perdera coisas que uma mãe não deve perder, como as primeiras manchas de sangue nas calcinhas da filha, ou ela voltando de um baile da escola com um gosto de coração partido na boca." (pág. 211)

"A arte de andar de bicicleta: A regra para as subidas recomendada universalmente é: 'Não se preocupe com os morros. Continue pedalando'." (pág. 236)

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