quinta-feira, 10 de julho de 2014

Você deve amar os cães

Título: Você deve amar os cães
Autor: Claire Cook
Páginas: 288

Sarah é uma mulher de 40 anos, divorciada, professora do jardim de infância e que, sentindo-se solitária, resolve que é hora de procurar um companheiro. Como não tem muito jeito pra coisa, resolve colocar um anúncio no jornal sendo uma das condições que o pretendente deva gostar de cães.

O problema é que há muitas pessoas para 'ajudar': a irmã, a colega de trabalho, o pai (um viúvo mulherengo), etc. E ainda por cima, ela mesma, não tem nenhum cão...

Trechos interessantes:

"Deus detesta a superficialidade. Todos nós dizíamos isso uns aos outros, ainda que fôssemos orgulhosos de nossa superficialidade. Políamos esse aspecto de nossa personalidade até brilhar; era nosso brasão de família." (pág. 40)

"-E o que vocês, seus pequenos travessos, estão procurando tão contentes aí embaixo? Não sabem que a felicidade é para a próxima vida?" (pág. 50)

"Quando uma criança se machuca, tudo o que uma professora quer fazer é colocar o braço em torno de seus ombros e confortá-la, mas nos dias de hoje você tem de estar de luvas antes de fazer contato." (pág. 65)

"Os artigos da Victoria's Secret sempre me faziam sentir como se eu fosse uma impostora. Como se no minuto em que tiro um cabide acolchoado de cetim da arara da parede para examinar aquela camisola macia de renda um pouco mais de perto, um alarme fosse soar em algum lugar. Um facho de luz fosse iluminar minha face e uma loja cheia de mulheres glamourosas fosse me apontar, dizendo: Ah-há! Vê se pode!" (pág. 97)

"-Então, Dolly - ouvi Bob dizer enquanto eu seguia Carol. -Tinha pensado em lhe perguntar, você está usando essa touca para o caso que chova e haja um vazamento no telhado? Ou apenas porque fica assim tão bem em você..." (pág. 141)

"Eu sempre fora induzida a pensar que, se não pudesse encontrar alguma coisa para apreciar em uma pessoa, isso se devia meramente a um reflexo da pequenez de minha mente, da frieza de meu coração." (pág. 179)

"A dor não foi intensa e então eu abri os olhos de novo, só uma fresta, julgando que não deveria perder nada daquele momento ou de qualquer outro. Afinal, a vida era danada de curta para não ser vivida a cada instante." (pág. 246)

"-Bem, algumas vezes eu acho que a única parte que me prende é a parte das crianças. Phoebe e eu somos tão diferentes. Quem somos, do que gostamos. Pensei que, se a gente encontrasse alguém para amar, o resto se encaixaria no lugar." (pág. 270)

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