terça-feira, 29 de julho de 2014

Um pressentimento funesto

Título: Um pressentimento funesto
Autor: Agatha Christie
Páginas: 228

Particularmente, gosto mais dos livros de Agatha Christie que tem como personagem principal Hercule Poirot. Este, cuja dupla de detetives são Tommy e Tuppence, não fez muito o meu estilo. Normalmente as histórias de detetive demoram a engrenar e esta, achei que demorou mais ainda.

Tudo começa com a visita a um asilo onde está a tia de Tommy. Pouco depois esta tia morre e deixa alguns pertences, entre eles um quadro com uma paisagem rural. Tuppence fica obstinada pelo quadro e pelo que ouviu de outra paciente quando da visita ao asilo. Juntando todas as coisas resolve desbaratar o mistério e parte em busca do local retratado na tela. Depois de quase tudo resolvido, aparece Tommy para fechar a história. Em suma é isso.

Trechos interessantes:

"Se alguém é ruim como cobra aos vinte, não melhora nada aos quarenta, piora aos sessenta e se transforma numa perfeita peste aos oitenta - bem, francamente, não sei por que havia de me causar qualquer comiseração apenas pelo fato de ter envelhecido. No fundo, ninguém muda." (Pág. 8/9)

"Se alguém de mais de sessenta e cinco anos recrimina a gente, é preferível não responder. Nunca tente provar que tem razão. Desculpe-se logo, dizendo que a culpa é unicamente sua, mostre-se sentido e prometa que o erro não se repetirá." (pág. 15)

"Três vintenas de anos e uma década correspondiam à duração de vida consagrada na Bíblia, e as mortes em sua instituição raramente ocorriam em prazo inferior. Consituíam uma fatalidade perfeitamente natural." (pág. 28)

"-Estive pensando.
-É de onde se originam todos os problemas da vida. Pensar." (pág. 169)

"Pensar consiste apenas num confortável repouso enquanto o espírito mantém as antenas abertas pra eventualidade de captar algo de interesse ou importância flutuando no ar." (pág. 177)

"Eles [habitantes do campo] marcam as datas pelos acontecimentos, não pelos anos. Não dizem 'isso aconteceu em 1930' ou 'aquilo foi em 1925', ou coisa que o valha. Dizem 'isso aconteceu no ano em que o velho moinho pegou fogo' ou 'aquilo sucedeu depois que o raio derrubou o carvalho gigante e matou o granjeiro James' ou 'foi no ano em que houve a epidemia de paralisia infantil'. De forma que, naturalmente, as coisas de que se lembram não obedecem a uma sequência especial." (pág. 208/209)

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