domingo, 8 de junho de 2014

A vingança

Título: A vingança
Autor: Christopher Reich
Páginas: 346

Do primeiro ao último capítulo o livro é repleto de ação, afinal, trata-se de um romance policial de espionagem. É a continuação de um livro anterior do mesmo autor (A farsa - que ainda não li), mas cuja história pode ser entendida sem a prévia leitura do outro livro.
Jonathan Ransom é um médico casado com Emma (uma agente secreta a serviço do governo americano) e passa o livro todo fazendo, ele, o papel de agente tentando localizar Emma (no livro anterior havia sido dada como morta) em meio ao jogo de interesses de americanos e russos. Se você gosta de livro de ação, esta é uma boa pedida.

Trechos interessantes:

"-O mundo ficou pequeno demais. Não existem mais cantinhos isolados onde alguém possa simplesmente fechar a cortina e desaparecer. Todos esses lugares já foram descobertos, possuem webcams e alguém na fila para construir um resort cinco estrelas." (pág. 17)

"-O mundo mudou. Fronteiras são coisas do passado. As informações não têm passaporte. Elas pertencem a todo mundo." (pág. 68)

"O mais difícil de fugir é que, depois de algum tempo, você se cansa. Esquece que eles estão lá, mesmo que você não esteja vendo." (pág. 86)

"A arquitetura de uma bomba dizia muito sobre quem a fabricara: onde fora treinado, onde havia estudado e, o mais importante de tudo, o seu país de origem. Noventa por cento dos artefatos terroristas eram fabricados por indivíduos com experiência militar prévia, e muitos fabricantes de bomba desenvolviam (involuntariamente) uma marca que os denunciava de forma tão óbvia quanto a assinatura de Picasso no canto inferior de seus quadros." (pág. 160)

"Os engenheiros mais bem treinados do mundo trabalham nessas usinas. Se perceberem alguma coisa estranha, eles assumirão o controle manual da usina. A palavra final será sempre a da sala de controle. De homens e mulheres. Não de máquinas." (pág. 205)

"Era um homem frágil, pouco imponente, com os cabelos grisalhos meticulosamente aparados, boas maneiras e um terno mal cortado. Um dos mansos que tinham poucas chances de herdar a Terra, mesmo que o livro sagrado dissesse o contrário." (pág. 209)

"Mikhail Borzoi não era um homem agradável. Homens agradáveis não controlavam a maior fábrica mundial de alumínio. Homens agradáveis não acumulavam uma fortuna de cerca de 20 bilhões de dólares, e isso depois da queda da bolsa de valores. Homens agradáveis não superavam uma infância pobre para vir a aconselhar o presidente e vir a ser um dos três candidatos a substituí-lo nas próximas eleições. Não na Rússia. Na Rússia, homens agradáveis eram pisoteados, mastigados e cuspidos." (pág. 263)

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