sábado, 14 de setembro de 2013

O mistério de Sittaford

Título: O mistério de Sittaford
Autor: Agatha Christie
Páginas: 220

Depois de ter lido inúmeros livros da "Rainha do crime", ainda não me acostumei à ausência de Mrs. Marple ou Hercule Poirot como personagem principal. Parece que fica faltando alguma coisa para dar consistência à história. Eu sei que é implicância minha, mas é como me sinto.

A história em si não tem novidades: um homem é assassinado, muitos teriam motivo mas, aparentemente, ninguém teria a oportunidade e a culpa inicialmente cai sobre aquele que não tem um álibi. O inspetor local e a namorada do acusado se desdobram para provar que o culpado é, como seria de imaginar, o menos provável.

Trechos interessantes:

"Uma jovem bonita, um tanto magra, sem dúvida, mas afinal todas as moças tinham esse tipo atualmente. Entretanto nos jornais liam-se que as curvas estavam voltando, o que já não era sem tempo. Afinal o que haveria de bom numa mulher se ela não se parecesse exatamente com o que é: uma mulher?" (pág. 12)

"Minha experiência me diz, sargento, que um homem que faz inimizades num lugar poderá criá-las em outro, mas admito que não podemos colocar inteiramente de lado essa possibilidade." (pág. 30/31)

"Ele não era um homem muito simpático... Estou certa de que não o foi. E nem uma pessoa a quem se pudesse recorrer numa dificuldade qualquer, sempre exigente e crítico. Não era o tipo de homem que soubesse aquilatar o valor da literatura. O sucesso... o verdadeiro êxito nem sempre é avaliado em termos de dinheiro, inspetor." (pág. 70)

"Na verdade o que queria era transformar o Sr. Enderby numa espécie de detetive particular a seu serviço. Para ir onde ela lhe indicasse, fazer as perguntas que ela própria gostaria de formular e ser como um servidor seu, de modo geral. Mas tinha consciência da necessidade de disfarçar essa intenção com palavras lisonjeiras e amáveis. Na realidade, ela seria o patrão, no caso, mas precisava de tato para persuadir o Sr. Enderby." (pág. 78)

"Desejaria, de todo coração, ter conhecido, nem que fosse apenas de passagem, o falecido capitão. É tão difícil formar uma opinião sobre uma pessoa que nunca se viu [...]." (pág. 107)

"[...]Num lugar como este tem-se que ensinar as pessoas a deixarem um homem em paz. Estão sempre batendo à nossa porta, se insinuando e bisbilhotando. Não me incomodo de ver pessoas aqui quando estou disposto... mas tem que ser a meu modo e não do delas. Nem o velho Trevelyan, com seus ares de senhor feudal, entrava aqui quando queria. Não há viva alma neste lugar que me venha incomodar agora." (pág. 124)

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