quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Nada de novo no front

Título: Nada de novo no front
Autor: Erich Maria Remarque
Páginas: 232

Magnífico livro que nos mostra o quão sem sentido é a guerra. Narrado em primeira pessoa, mostra a I Guerra Mundial sob o ponto de vista de um jovem de 19 anos, que deixa para trás família, amigos e tudo o futuro que sonhava para ingressar na linha de frente da batalha, onde não vê o menor propósito.
Paul Baumer vê os companheiros de regimento como sua nova família e sofre ao ver o que a guerra faz com cada um deles. Um livro franco, sincero e honesto, apresentando a guerra não como um ato heróico e cheio de bravuras, mas como uma estupidez sem sentidos.

Trechos interessantes:

"A guerra não seria tão insuportável se a gente pudesse dormir mais." (pág. 8)

"Com o passar do tempo, acostumamo-nos a muitas coisas..." (pág. 12)

"Aprendemos que um botão bem polido é mais importante do que quatro livros de Schopenhauer." (pág. 24)

"Se ele ao menos abrisse a boca e gritasse! Mas chora apenas, com a cabeça virada para o lado. Não fala de sua mãe, nem dos irmãos; não diz nada; agora, tudo ficou para trás: está só, com a sua pequena vida de dezenove anos, e chora porque ela o abandona." (pág. 31)

"-Ouçam o que eu digo: vamos perder a guerra porque batemos continência bem demais." (pág. 38)

"De toda aquela arenga, pouco ou quase nada sabemos. Também não nos serviu para nada. Mas na escola ninguém nos ensinou a acender um cigarro na chuva ou na tempestade de vento, nem a preparar uma fogueira com madeira molhada, nem que é melhor enfiar uma baioneta na barriga, porque lá ela não fica presa como nas costelas." (pág. 74)

"Há alguns anos, ter-nos-íamos desprezado terrivelmente. Agora, estamos bastante satisfeitos. É tudo uma questão de hábito, até mesmo o front." (pág. 115)

"Nunca fomos dados a grandes demonstrações de carinho na nossa família; isso não é comum entre gente pobre, que tem de trabalhar muito, sempre sob o peso das preocupações. Não gostam de repetir o que já sabem. Quando minha mãe me chama de 'meu garoto', isto significa tanto quanto as expressões mais efusivas ditas por qualquer outra pessoa." (pág. 131)

"-Pensando bem, é curioso. - continua Kropp - Estamos aqui para defender a nossa pátria. Mas os franceses também estão aqui para defender a deles. Quem tem razão?" (pág. 164)

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