domingo, 17 de setembro de 2017

Caçadores de bons exemplos

Título: Caçadores de bons exemplos
Autor: Iara Xavier e Eduardo Xavier
Páginas: 256

Um dia o casal Iara e Eduardo resolveu vender o que tinha e sair Brasil afora à procura de pessoas que estivessem praticando o bem com seus semelhantes. O livro é o relato dessa jornada onde as histórias vão se acumulando, mostrando que no Brasil há, sim, muitas pessoas praticando o bem. Apenas a divulgação é que é mínima.

Enfrentando problemas de toda natureza e sem contar com nenhum auxílio, o casal percorre todos os estados do Brasil apontando, mostrando e divulgando uma infinidade de projetos e ações que as pessoas promovem com o intuito de ajudar os mais necessitados. Faz a gente pensar sobre o que estamos fazendo (ou deixando de fazer) em benefício do próximo.

Trechos interessantes:

"Dizem que cada um de nós guarda dentro de si quatro pessoas diferentes:
Quem a gente acha que é;
Quem as pessoas acham que somos;
Quem a gente realmente é; e
Quem nós queremos nos tornar!
Fomos em busca dessa quarta opção!
Como já dizia Lao Tsé: Não sabendo que era impossível, foi lá e fez!" (pág. 8)

"Uma amiga nos contou que a palavra coragem vem da fusão de duas outras, de raiz latina, coeur (coração) e age (agir). E o significado, segundo ela, era exatamente este: não parar para pensar.
-Portanto - dizia ela, citando o filósofo hinduísta Osho -, ser corajoso significa viver com o coração. Só os fracos vivem com a cabeça. Receosos, eles criam em torno deles uma segurança baseada na lógica. Com medo, fecham todas as janelas e portas, com conceitos, palavras, teorias, e se escondem. O caminho do coração é o caminho da coragem. É viver na insegurança; é viver no amor e confiar; é enfrentar o desconhecido. É deixar o passado para trás e deixar o futuro ser." (pág. 18)

"Nunca fomos santos. Cometemos vários erros durante toda a nossa vida. Atitudes desenfreadas e julgamentos injustos. Contudo, não estamos aqui para falar de nosso passado, e sim do que vivemos depois que decidimos mudar nossa história.
O que são erros senão aprendizados?
Muitas pessoas acham que, para fazer o bem, é preciso ser totalmente puro; por essa teoria, a pessoa já nasceu 'boa'.
Que nada! Todos nós estamos na vida para aprender. A vida é uma grande escola. Todos cometemos erros, por carência, por egoísmo, por amor, por não saber o que é certo ou errado. No entanto, se quisermos ou tivermos oportunidade, todos podemos fazer algo bom." (pág. 26)

"TODOS nós precisamos nos policiar. Aceitar a condição humana e seus erros é o primeiro passo para seguir um caminho diferente. O que é verdade e o que é mentira? Só podemos ter certeza da verdade no que se refere a nós mesmos. No que se refere ao outro, sempre existirá outra versão." (pág. 33)

"Amar aquele que está fazendo tudo certinho em sua vida é muito fácil. Um dia, o grande mestre Jesus disse: 'Amai os vossos inimigos.' Eu achava uma insanidade. Como podemos amar alguém que nos fez mal? E um dia um amigo me disse:
-Não significa que você deve amar da mesma forma que você ama seus pais, sua família ou seu namorado. Significa que você deve fazer o que o amor faz. Quando você ama, você respeita, tolera, incentiva, perdoa e, acima de tudo, você diz que ama. Isso faz toda a diferença na vida de qualquer pessoa. Significa: independentemente de qualquer coisa, estamos juntos!" (pág. 36)

"[..] um bêbado nos parou e disse:
-Só o nome Caçadores de bons exemplos já é bom, nem preciso saber o que fazem." (pág. 44)

"O que vocês fazem é genial, pois levam e divulgam esperança. Vocês são como médicos na guerra. Não conseguirão acabar com o confronto, porém amenizarão as dores de quem está vivendo nele." (pág. 50)

"'Você nunca sabe que resultados virão da sua ação. Mas, se você não fizer nada, não existirão resultados.' Gandhi" (pág. 96)

"Ainda queremos ver a banalização das informações do bem! Sinceramente, acreditamos que, se começarmos a falar mais do bem, as pessoas não terão coragem de fazer o mal. Ou pelo menos pensarão duas vezes. Esperamos que um dia seja normal ser solidário, gentil e ter pensamentos de crescimento coletivo." (pág. 121)

"Uma vez, refletimos sobre o sentido do 'happy hour'. Como pode alguém ficar esperando um horário para ser feliz? Devemos tentar ser felizes em todos os lugares e em todos os horários! Se você passa a semana inteira esperando a sexta-feira chegar... Se na sexta-feira você passa o dia todo olhando o relógio até o expediente terminar... Se no domingo à noite você fica deprimido porque a semana está começando... E se você acredita que uma hora feliz não pode ser no seu trabalho nem na sua casa... Você precisa rever sua vida. Algo está errado." (pág. 125/126)

"Nossas chegadas e partidas foram quase diárias. Se ficássemos mais de dois dias nos lugares, já fazíamos amigos e sofríamos nas despedidas. O coração batia mais forte, não segurava as lágrimas. Um aperto no peito, tantas coisas para falar, tantos agradecimentos. Saudade antes mesmo de partir. Sentíamos amor por pessoas que um mês antes nem sequer conhecíamos. Como pode isso?"(pág. 183)

"Magna sempre escolhia aquelas que tinham algum problema de saúde e cuja adoção seria difícil. Enquanto alguns casais optavam por crianças bonitas e saudáveis, Magna e Carlos preferiam os excluídos. A filosofia desse casal é educar com amor; para eles, a religião é aquilo que se vive, e não aquilo que se demonstra." (pág. 245/246)

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