quarta-feira, 4 de março de 2015

Alfred Hitchcock e seus filmes

Título: Alfred Hitchcock e seus filmes
Autor: Bodo Frundt
Páginas: 240

Hitchcock é o meu diretor preferido. Assisti a todos os seus filmes que pude encontrar e sempre procuro saber o processo de construção dessas histórias. Esta é a proposta do livro: analisar seus filmes, atores envolvidos, processos de criação e demais aspectos relevantes.

Ao analisarmos sua trajetória, vemos que Hitchcock sempre procurou a perfeição em seus filmes e o título de "mestre do suspense" além de perfeitamente merecido, foi devido a muito trabalho e dedicação. Ele, que tinha como marca registrada fazer uma pontinha em seus filmes, tem hoje o reconhecimento de atores e diretores, pela sua importância na história do cinema mundial.

Trechos interessantes:

"O mundo de Alfred Hitchcock, tal como se apresenta em suas melhores obras, não é consequência do fluxo ininterrupto de um gênio, e sim o resultado de uma observação constante que permeia todos os seus filmes." (pág. 21)

"O próprio Hitchcock, ao preparar a segunda versão desta obra [O homem que sabia demais], nos Estados Unidos, declara: 'A primeira versão é obra de um talentoso amador, enquanto a segunda é obra de profissional'." (pág. 60)

"'Quando faço um filme, a história não é importante; o que importa é como eu vou contá-la.' E mais: 'Num filme de espionagem, por exemplo, o que o espião busca é o de menos: vale mais o como ele procura'." (pág. 61)

"A arte de fazer cinema sempre foi desprezada pelos intelectuais. Era assim na França e seria do mesmo jeito na Inglaterra. Nenhum inglês que se considerasse alguém de valor se deixaria flagrar indo ao cinema, em hipótese alguma. Veja bem, os ingleses têm consciência de classe..." (pág. 79)

"Os poetas trabalham com os maiores males da humanidade: eles são responsáveis pelas ilusões do Homem." (pág. 103)

"Sem muita especulação, pode-se dizer que Interlúdio foi uma declaração de amor cinematográfica para Ingrid Bergman." (pág. 109)

"Hitchcock sempre se preocupou em descrever nossa vida como uma pequena cela, parte de uma prisão maior. É como se fugíssemos de uma casa em chamas e nos deparássemos com o mundo incendiado." (pág. 184)

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