quinta-feira, 4 de julho de 2013

Elogio da Loucura

Título: Elogio da Loucura
Autor: Erasmo de Rotterdam
Páginas: 125

O livro, apesar de pequeno, exigiu bastante do meu parco conhecimento. É um clássico, claro, que usa uma linguagem específica e possui amplas referências a personagens da história, mitologia, etc. Felizmente traz bastantes notas de rodapé, comentando justamente os trechos que pessoas com pouco conhecimento, como eu, ousam desconhecer.

A história em si é bem simples: como o título diz, faz-se um elogio à loucura. Segundo o autor o responsável pelo prazer e a alegria do homem nada mais é que a loucura. Apesar de todos buscarem a razão, a verdadeira felicidade está na existência da loucura.

Trechos interessantes:

"Ainda que os homens tenham o hábito de manchar minha reputação, e eu saiba muito bem como sou malquisto entre os tolos, tenho orgulho em vos dizer que esta Loucura é a única que pode trazer alegria aos homens e aos deuses." (pág. 15)

"Não tens quem te elogie? Elogia-te a ti mesmo." (pág. 16)

"Já escreveu sensatamente alguém que ser deus consiste em favorecer os mortais." (pág. 21)

"Assim é que se verifica que todo semelhante ama o seu semelhante." (pág. 24)

"Segundo a definição dos estóicos, sábio é aquele que vive de acordo com as regras da razão, e louco, ao contrário, é o que se deixa arrastar ao sabor de suas paixões." (pág. 28)

"Finalmente, a felicidade consiste, sobretudo, em querer ser o que se é." (pág. 34)

"Creso, rei da Lídia, foi o homem mais rico da terra. Tendo um dia perguntado a Sólon se não era ele o mais feliz dos mortais, o filósofo respondeu-lhe: 'Majestade, vós me pareceis muito rico, tendes um grande reino; reservo-me, porém, para responder à vossa pergunta quando fordes muito feliz'." (pág. 54)

"[...]Mas não penseis que não encontrem quem os aplauda, pois toda tolice, por mais grosseira que seja, sempre encontra sequazes." (pág. 62)

"[...]a loucura tem uma força maior do que a razão, porque, muitas vezes, aquilo que não se pode conseguir com nenhum argumento se obtém com uma chacota." (pág. 73)

"Quantas lindas lorotas não vão esses doutores impingindo a respeito do inferno? Conhecem tão bem todos os seus apartamentos, falam com tanta franqueza da natureza e dos vários graus do fogo eterno, e das diversas incumbências dos demônios, discorrem, finalmente, com tanta precisão sobre a república dos danados, que parecem já ter sido cidadãos da mesma durante muitos anos." (pág. 82/83)

"A loucura de Deus é melhor que a sabedoria dos homens." (pág. 108)

"Eu jamais desejaria beber com um homem que se lembrasse de tudo." (pág. 116)

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