terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Pollyanna moça

Título: Pollyanna moça
Autor: Eleanor H. Porter
Páginas: 208

Me aventurei a ler "Pollyanna moça" antes de ler Pollyanna "menina". Aconteceu de me chegar às mãos e, acabei lendo. Mas não acho que seria necessário ler antes o "menina" para entender a história. pelo que pude perceber, o segundo não é consequência do primeiro, mas uma espécie de "novas aventuras".

O livro, para o que se propõe (literatura infanto-juvenil), é perfeitamente adequado. Trata-se da história de uma moça alegre, cheia de vida e felicidade, que consegue contagiar as pessoas com sua felicidade, sendo por isso adorada por todos. Enfim, uma história fácil de ler e de cunho educativo.

Trechos interessantes:

"E é aborrecido quando a gente é muito procurada, não sobra tempo para coisa nenhuma. Em compensação, é agradável saber que os outros precisam da gente, não acha?
Não houve resposta, talvez porque Mrs. Carew, pela primeira vez em sua vida, estivesse a cismar se porventura haveria alguém no mundo que dela necessitasse." (pág. 24/25)

"Ia sorrindo para todos os passantes e se desapontava, embora não se surpreendesse, de não receber nenhuma retribuição. Já se acostumara àquilo em Boston, terra de gente que não ri. Mas insistia. Podia ser que de repente o procurado sorriso aparecesse." (pág. 39)

"Eu queria encontrar uma pessoa que se sentisse solitária, como eu. Que estivesse sozinha. Todos que vejo por aqui estão acompanhados.
-Compreendo - respondeu a moça recaindo no seu alheamento. -Mas, boa menina, é muito triste que você haja percebido isso tão cedo...
-Isso o quê?
-Que o mais solitário lugar do mundo é justamente no meio das multidões." (pág. 46)

"Além disso, se a gente não passa fome de vez em quando, não pode saber como é gostoso um copo de leite [...]" (pág. 65)

"-Eu sei. Há muitas senhoras boas assim, que dão 'filantropicamente'. Há sempre mãos dadivosas estendidas aos que perderam o pé na vida. Está direito. Não vejo mal nisso. Só me admira é que não ajudem as pessoas antes do naufrágio. Se olhassem para as desamparadas antes que elas caíssem, dando a tantas meninas aquilo de que elas tanto precisam, o mundo não estava cheio de... Mas... Deus do céu? Que estou dizendo?" (pág. 95)

"-Eu sei. É assim que Mrs. Carew falava. Ela dizia que isso estava acima da minha compreensão; que... que seria 'pauperizar' o mundo, e 'pernicioso' etc. Qualquer coisa assim. Mas, seja lá como for, o que não compreendo é que alguns tenham demais e outros tenham de menos. Se eu tivesse muito, daria sem medo aos que têm pouco, pauperizasse e pernicionizasse o mundo ou não." (pág. 105)

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