Título: A ciclista solitária
Autor: Sir Arthur Conan Doyle
Páginas: 216
Sherlock Holmes está de volta! Em 1893 Conan Doyle havia resolvido encerrar as histórias de Holmes e, para isso, escreveu a morte do personagem na última história do livro "Memórias de Sherlock Holmes". Em 1905 (arrependido?) resolveu "reviver" o detetive e publicou 12 histórias num livro chamado "O retorno de Sherlock Holmes". E é desse livro que foram retiradas as histórias de "A ciclista solitária".
Para quem já está habituado com as histórias de Holmes, não vai encontrar nenhuma novidade. O detetive resolve crimes intrigantes, com a ajuda do amigo Watson, utilizando-se de métodos pouco convencionais e que deixam a polícia britânica totalmente aparvalhada.
Trechos interessantes:
"-O trabalho é o melhor antídoto para a tristeza, meu caro Watson - ele disse -, e eu tenho um pouco de trabalho para nós dois hoje à noite que, se tivermos êxito, por si só justificará a existência de um homem nesse planeta." (pág. 19)
"-[...] Há algumas árvores, Watson, que crescem até uma certa altura e então subitamente desenvolvem alguma excentricidade repugnante. Você vê isso seguidamente em seres humanos. Tenho uma teoria de que o indivíduo representa em seu desenvolvimento toda a procissão dos seus antepassados, e que uma virada súbita para o bem ou para o mal sinaliza alguma forte influência que veio na linha do seu pedigree." (pág. 31)
"Meu amigo não tomara café, pois uma de suas peculiaridades era não comer nada nos momentos mais intensos, e já o vi contar demasiado com sua força extraordinária até desmaiar de pura inanição. 'No momento não posso desperdiçar energia e resistência com a digestão', ele diria, em resposta às minhas admoestações médicas." (pág. 54/55)
"-Asseguro-lhe, meu bom sr. Lestrade, que tenho uma razão excelente para tudo que estou fazendo. Talvez o senhor se lembre que caçoou de mim um pouco há algumas horas, quando o vento soprava para o seu lado, de modo que não pode deixar de conceder-me um pouco de pompa e cerimônia agora." (pág. 60)
"-[...]Se a senhora está tão ferida como o senhor diz, quem escreveu esta nota? - exclamou com um brilho de suspeita nos olhos, jogando o bilhete sobre a mesa.
-Eu escrevi para trazê-lo aqui.
-O senhor escreveu? Não havia ninguém no mundo, fora da Junta, que conhecesse o segredo dos dançarinos. Como o senhor poderia escrever?
-O que um homem pode inventar, o outro pode descobrir - disse Holmes." (pág. 94/95)
"-O assunto pode ser facilmente solucionado - disse o intimidado professor. -O sr. Sherlock Holmes pode voltar a Londres no trem da manhã.
-Nada disso, doutor, nada disso - disse Holmes, no seu tom mais gentil. -Esse ar do Norte é revigorante e agradável, de modo que pretendo passar alguns dias nas suas terras e ocupar minha mente da melhor maneira possível. Se terei o abrigo da sua casa, ou da estalagem do vilarejo, é algo para o senhor decidir, é claro." (pág. 135)
"-Bem, infelizmente não posso ajudá-lo, sr. Lestrade - disse Holmes. -O fato é que conheci esse tal Milverton e o considerava um dos homens mais perigosos de Londres. Acho que há determinados crimes em que a lei não pode interferir, e que por esse motivo até certo ponto justificam a vingança privada. Não, não adianta insistir, já tomei uma decisão. Minha solidariedade está com os criminosos, não com a vítima, e não vou trabalhar nesse caso." (pág. 214)
terça-feira, 15 de novembro de 2016
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