Título: Como fazíamos sem...
Autor: Bárbara Soalheiro
Páginas: 144
O livro é uma aula de história, contada da maneira mais natural possível. Como é um livro indicado para jovens, a linguagem é simples e de fácil entendimento e as histórias, em sua maioria, são recheadas com muito humor.
Livro de curiosidades, mas quem não gosta de se divertir com algumas coisas estranhas e sem nexo de vez em quando? O livro cumpre a finalidade a que se destina: instrui de forma agradável e divertida.
Trechos interessantes:
"Quando sua mãe pedir sua ajuda para descascar batatas ou cebola, obedeça. Se você tivesse nascido no século XIX,o pedido poderia ser muito pior. Ela com certeza ia querer que você ajudasse a acender o fogo." (pág. 18)
"Talheres eram tão raros - e, por isso mesmo, valiosos - que apareciam nos testamentos de pessoas ricas. E garfos, que hoje nos parecem tão inofensivos, chegavam a ser malvistos pela Igreja. 'Deus, em sua sabedoria, deu ao homem garfos naturais - seus dedos. Assim, é um insulto a Ele substituí-los por garfos de metal', escreveu um padre italiano no século XI, ao ver que a esposa do governante de Veneza tinha o 'estranho' hábito de não usar as mãos durante as refeições." (pág. 28)
"Apesar de servirem a propósitos bem pacíficos, os armários verticais - como usamos hoje - foram criados para guardar espingardas. Inclusive, foi por causa da arma que o móvel ganhou esse nome." (pág. 61)
"Três graus de miopia. Hoje, um diagnóstico como esse é bobagem. Afinal,você pode viver normalmente usando um par de óculos. Mas, há alguns séculos, um problema de visão assim era sinônimo de aposentadoria. O senador romano Marcus Tulius Cícero, por exemplo, quase perdeu o emprego quando a idade o impediu de ler sozinho. Como tinha dinheiro, Cícero resolveu o problema do jeito que se fazia na época: comprou escravos que pudessem ler para ele." (pág. 84)
"Marinheiros tinham uma técnica ótima para a lavagem de roupas sujas. Eles colocavam tudo dentro de uma sacola de tecido bem resistente e amarravam-na pelo lado de fora do navio, deixando-a ser arrastada por horas. Com o avanço do barco e a força do mar, a água conseguia remover boa parte da sujeira das roupas." (pág. 91)
"Prova de que não são exatamente os tempos, mas o caráter de cada povo que determina as tradições, é o costume de tomar banho. Ou de não tomar. Os gregos e romanos, por exemplo, sempre foram adeptos da prática. Já os europeus, em pleno século XIX, fugiam da água como se ela fosse praga. Literalmente. É que como a água quente dilata os poros, os médicos europeus acreditavam que os banhos facilitavam a entrada de germes. Ou seja, fugir das banheiras era recomendado como uma medida de higiene." (pág. 98)
"Também é possível que a família Soalheiro, que assina esse livro, não fosse muito ocupada durante o século XII. É que uma das definições para o sobrenome é 'grupo de pessoas ociosas, que fica ao sol falando da vida alheia!'. Parece que fofoqueiro já era profissão nessa época... (pág. 143)
segunda-feira, 27 de junho de 2016
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