Título: Alma gêmea
Autor: Deepak Chopra
Páginas: 224
Raj Rabban é um médico indiano que trabalha num hospital de Manhattan, na ala de psiquiatria. Ele é noivo de Maya e se apaixona por Molly, uma jovem atriz que viu por acaso no metrô. Maya e Molly são totalmente diferentes e Raj acredita que ama as duas mulheres, cada uma a seu modo.
Molly morre num acidente e Raj passa a sentir sua presença junto dele no hospital, orientando os pacientes. A história não é somente sobre uma homem que ama duas mulheres, mas sobre as infinitas formas e poderes do amor, manifestando sobre os seres humanos. A história não é trágica nem cômica, mas profundamente sensível.
Trechos interessantes:
"-Estou dizendo que todos os doidos são pessoas e que todas as pessoas são doidas. É uma equação cósmica que você passará o resto da vida tentando resolver." (pág. 21)
"O amor é sempre chamado de mistério, mas a paixão não. A paixão é superficial, um impulso que costuma terminar em arrependimento, mais do que numa união duradoura." (pág. 28)
"Não há varinha de condão para curar a mente humana quando ela não deseja ser curada." (pág. 60)
"-Todas as pessoas são como um poço profundo - disse Molly. - Mas os homens mantêm esse poço fechado.Quando conheci você, você chegou atropelando tudo, e pensei que talvez fosse a tampa se abrindo. Não vou mergulhar no escuro, por isso estou esperando." (pág. 74)
"Um dos primeiros clichês que um psiquiatra aprende é sobre a diferença entre um neurótico e um psicótico. Um neurótico é alguém que constrói castelos no ar. O psicótico é alguém que vai morar neles. A frase de efeito é: 'E o psiquiatra é alguém que recebe o aluguel'." (pág.79)
"Não existe a eterna condenação nem a eterna recompensa.Quando uma vida acaba e a soma de boas e más ações é apurada, a alma toma um caminho um pouquinho diferente. Caindo ou subindo, ela retorna mais uma vez às lições da vida." (pág. 166)
"A morte é onde a decepção acaba e algo maravilhoso se abre, o completo desconhecido. Se eu pudesse gritaria para todo mundo: Não tenham medo. A morte é um salto da alma. Mas as pessoas que compreenderiam provavelmente não estariam na plateia." (pág. 174)
"Liberte a pessoa de todos os seus problemas e o que resta deve ser a alma." (pág. 214)
terça-feira, 30 de julho de 2013
sexta-feira, 26 de julho de 2013
Senzala
Título: Senzala
Autor: Salvador Gentile
Páginas: 276
Senzala, como o próprio nome indica, é um romance ambientado na época da escravidão. Trata-se de duas fazendas vizinhas onde, em uma delas, os escravos eram tratados com amor e carinho, formando uma comunidade e, na outra, eram tratados como a escória humana. Diante disso, inevitavelmente, acabam surgindo desavenças entre as duas fazendas.
Como se trata de um romance espírita, a história em si é o que menos importa. O objetivo maior é travar discussões acerca dos planos espirituais , de como as vidas de todos estão interligadas e de como as boas atitudes são importantes e necessárias para a realização de um bem maior.
Trechos interessantes:
"Recordou que certa feita um negro estuprara uma jovem de cor e o Coronel, sem contudo castigá-lo fisicamente, mandara vendê-lo na cidade,no mercado de escravos. Para aquela gente, esse era o castigo maior: a perda do convívio daquela comunidade, onde eram, verdadeiramente, gentes ao invés de coisas." (pág. 34)
"-[...]Homem da terra, algum dia você colheu o que não plantou?
-Não - respondeu Sousa -, nem poderia esperar isso.
-Da mesma forma, meu amigo, em qualquer plano da vida, cada um de nós recolhe os frutos da própria semeadura." (pág. 40/41)
"...não existe ninguém tão pobre que não tenha algo de si mesmo para dar, seja uma palavra de carinho, seja um gesto de compreensão." (pág. 49)
"Mesmo que o homem não procure a Deus, desde que não agasalhe a revolta e vença, passo a passo, sua caminhada, aproveitará sua existência integralmente." (pág. 71)
"Bondade e justiça não se alcançam tão-só com o desejo de obtê-las." (pág. 111)
"Esteja certo disto, meu amigo, não há culpa que não tenha um preço dentro de nós mesmos, e que não carreguemos indefinidamente até pagá-lo." (pág. 177)
"Pecado, pois, para defini-lo melhor perante a vida, é todo ato humano que resulte em culpa, em sentimento de culpa, perante o tribunal de nossa própria consciência. É, pois, uma sentença condenatória cuja pena cumpriremos, mais dia menos dia, ou com as moedas do amor mais puro quando encontramos compreensão das nossas vítimas, ou com as lágrimas mais amargas quando estas nos exigem olho por olho, dente por dente." (pág. 180/181)
"Quem conhece o cheiro do estrume do mangueirão, sabe dar maior valor ao perfume do jardim, embora não deva deixar de ir ao mangueirão onde precisa colher o leite que serve à mesa, nem deixar de ir ao jardim porque flores não alimentam." (pág. 216)
Autor: Salvador Gentile
Páginas: 276
Senzala, como o próprio nome indica, é um romance ambientado na época da escravidão. Trata-se de duas fazendas vizinhas onde, em uma delas, os escravos eram tratados com amor e carinho, formando uma comunidade e, na outra, eram tratados como a escória humana. Diante disso, inevitavelmente, acabam surgindo desavenças entre as duas fazendas.
Como se trata de um romance espírita, a história em si é o que menos importa. O objetivo maior é travar discussões acerca dos planos espirituais , de como as vidas de todos estão interligadas e de como as boas atitudes são importantes e necessárias para a realização de um bem maior.
Trechos interessantes:
"Recordou que certa feita um negro estuprara uma jovem de cor e o Coronel, sem contudo castigá-lo fisicamente, mandara vendê-lo na cidade,no mercado de escravos. Para aquela gente, esse era o castigo maior: a perda do convívio daquela comunidade, onde eram, verdadeiramente, gentes ao invés de coisas." (pág. 34)
"-[...]Homem da terra, algum dia você colheu o que não plantou?
-Não - respondeu Sousa -, nem poderia esperar isso.
-Da mesma forma, meu amigo, em qualquer plano da vida, cada um de nós recolhe os frutos da própria semeadura." (pág. 40/41)
"...não existe ninguém tão pobre que não tenha algo de si mesmo para dar, seja uma palavra de carinho, seja um gesto de compreensão." (pág. 49)
"Mesmo que o homem não procure a Deus, desde que não agasalhe a revolta e vença, passo a passo, sua caminhada, aproveitará sua existência integralmente." (pág. 71)
"Bondade e justiça não se alcançam tão-só com o desejo de obtê-las." (pág. 111)
"Esteja certo disto, meu amigo, não há culpa que não tenha um preço dentro de nós mesmos, e que não carreguemos indefinidamente até pagá-lo." (pág. 177)
"Pecado, pois, para defini-lo melhor perante a vida, é todo ato humano que resulte em culpa, em sentimento de culpa, perante o tribunal de nossa própria consciência. É, pois, uma sentença condenatória cuja pena cumpriremos, mais dia menos dia, ou com as moedas do amor mais puro quando encontramos compreensão das nossas vítimas, ou com as lágrimas mais amargas quando estas nos exigem olho por olho, dente por dente." (pág. 180/181)
"Quem conhece o cheiro do estrume do mangueirão, sabe dar maior valor ao perfume do jardim, embora não deva deixar de ir ao mangueirão onde precisa colher o leite que serve à mesa, nem deixar de ir ao jardim porque flores não alimentam." (pág. 216)
segunda-feira, 22 de julho de 2013
Fundamentos científicos de Teilhard de Chardin
Título: Fundamentos científicos de Teilhard de Chardin
Autor: Louis Barral
Páginas: 194
O livro pretende simplificar as ideias e teorias de Teilhard de Chardin, de maneira a que as pessoas comuns possam compreender os significados, num sentido geral. Portanto, o livro é uma miríade de assuntos: origem do homem, biofísica, relatividade, fenômenos da luz, teoria molecular, fórmulas matemáticas e por aí afora.
Tudo bem que os conceitos são simplificados, mas há que se ter um conhecimento básico para conseguir assimilar os assuntos perfilados. Se o objetivo é induzir o leitor a procurar se aprofundar nos assuntos discutidos, o livro desempenha muito bem o seu papel. Pra quem já tem um conhecimento, o assunto é superficial,mas para quem não tem é deveras interessante.
Trechos interessantes:
"A ignorância é inata e não se pode sair dela sozinho. O autodidata raramente se atira para os domínios que exigem o máximo de esforço." (pág. 9)
"Se algo se compreende sem explicação, compreender-se-á melhor com explicação." (pág. 11)
"O conhecimento aproximado é nitidamente preferível à ignorância absoluta." (pág. 22)
"Em todos os tempos o Homem deu conta de que, largando um objeto no espaço, ele atinge o solo. Até ao fim do século XVI, acreditou-se que os objetos caíam tanto mais depressa quanto mais pesados eram. Galileu desfez o erro." (pág. 74)
"Se o não especialista que eu sou se crê à altura de lhe explicar os rudimentos, é porque creio que os compreendi e portanto seria surpreendente que alguém os não pudesse compreender também." (pág. 78)
"Em 1923, L. de Broglie generalizou a todos os fenômenos físicos o caráter dualista da luz. A luz é uma onda; no entanto manifesta também um caráter corpuscular." (pág. 132/133)
"Os acontecimentos cuja probabilidade é suficientemente pequena, nunca se produzem." (pág. 168)
Autor: Louis Barral
Páginas: 194
O livro pretende simplificar as ideias e teorias de Teilhard de Chardin, de maneira a que as pessoas comuns possam compreender os significados, num sentido geral. Portanto, o livro é uma miríade de assuntos: origem do homem, biofísica, relatividade, fenômenos da luz, teoria molecular, fórmulas matemáticas e por aí afora.
Tudo bem que os conceitos são simplificados, mas há que se ter um conhecimento básico para conseguir assimilar os assuntos perfilados. Se o objetivo é induzir o leitor a procurar se aprofundar nos assuntos discutidos, o livro desempenha muito bem o seu papel. Pra quem já tem um conhecimento, o assunto é superficial,mas para quem não tem é deveras interessante.
Trechos interessantes:
"A ignorância é inata e não se pode sair dela sozinho. O autodidata raramente se atira para os domínios que exigem o máximo de esforço." (pág. 9)
"Se algo se compreende sem explicação, compreender-se-á melhor com explicação." (pág. 11)
"O conhecimento aproximado é nitidamente preferível à ignorância absoluta." (pág. 22)
"Em todos os tempos o Homem deu conta de que, largando um objeto no espaço, ele atinge o solo. Até ao fim do século XVI, acreditou-se que os objetos caíam tanto mais depressa quanto mais pesados eram. Galileu desfez o erro." (pág. 74)
"Se o não especialista que eu sou se crê à altura de lhe explicar os rudimentos, é porque creio que os compreendi e portanto seria surpreendente que alguém os não pudesse compreender também." (pág. 78)
"Em 1923, L. de Broglie generalizou a todos os fenômenos físicos o caráter dualista da luz. A luz é uma onda; no entanto manifesta também um caráter corpuscular." (pág. 132/133)
"Os acontecimentos cuja probabilidade é suficientemente pequena, nunca se produzem." (pág. 168)
quarta-feira, 10 de julho de 2013
Banco
Título: Banco
Autor: Henri Charrière
Páginas: 446
Henri Charrière, autor do famoso clássico Papillon, conta neste livro as suas aventuras depois de sua fuga da prisão de Caiena. Conta do seu ódio e desejo de retornar para vingar-se de todos que o mandaram para a prisão e de como a Venezuela, que o acolheu com carinho, fez com que ele abandonasse essa ideia. Conta ainda da saga que foi escrever e publicar Papillon.
Em suma, conta as aventuras de um homem que tinha tudo para trilhar o lado mau da vida, mas que, pouco a pouco, descobre que a felicidade vem com as coisas simples: rever os familiares, um lar tranquilo, ajudar quem precisa e assim por diante. Dizem que a vida de muitos homens daria um livro: a de Henri Charrière deu dois.
Trechos interessantes:
"A não ser que esteja enraivecido, e nessa altura não há nada a fazer, um homem pode arrepender-se e tornar-se bom, se o ajudarem. É por isso que na Venezuela você será protegido: porque gostamos das pessoas e, com a ajuda de Deus, acreditamos nelas." (pág. 12)
"...a felicidade que vocês têm, e que eu espero vir a possuir um dia, valia muito mais que ser rico." (pág. 47)
"Um só inimigo conta na selva: o animal dos animais, o mais inteligente, o mais cruel, o pior, o mais cúpido, o mais odioso e também o mais maravilhoso: o homem." (pág. 66)
"Vou dizer-lhes uma coisa: quando vocês falam dos judeus julgo ver uma raça vomitando o seu ódio contra outra raça.
Vocês vivem na Venezuela, no meio do seu povo, e não são capazes de assimilar a maravilhosa filosofia das pessoas deste país. Aqui não há nenhuma discriminação, nem racial nem religiosa." (pág. 150)
"Cada um tem a sua lista de pessoas a abater, a condenar, a prender e, apesar da minha desgraça, não consigo deixar de rir quando ouço essas pessoas, sentadas num café ou na sala de um hotel de terceira categoria, criticar tudo e concluir que só elas são capazes de endireitar o mundo." (pág. 151)
"O homem mais meticuloso, o mais calculador, o mais genial organizador da sua vida é apenas um joguete perante o mistério do destino. Só o presente é certo; o resto é o desconhecido, que se chama sorte, azar, destino, ou ainda a misteriosa e incompreensível mão de Deus.
A única coisa que conta na vida, antes de mais nada: nunca se dar por vencido e, depois de um fracasso, recomeçar." (pág. 158)
"...conheci homens de todas as classes que me deram a sua amizade, com os quais arrisquei a vida, e com tudo isso me lamento? Estou duro ou quase? Isso não tem importância, a pobreza não é uma doença muito difícil de curar." (pág. 167)
"Esta morte, não a sinto como um homem de quarenta anos, na plena força da vida, que acaba de saber da morte do pai que não vê a vinte anos, sinto-a como um garoto de dez anos que teria vivido com o pai e que, tendo lhe desobedecido e faltado à escola, sabe da morte do pai ao chegar a casa." (pág. 228)
"Depois da morte da minha mãe, com apenas onze anos, guardava em mim este ferro em brasa que era a injustiça do destino. Não se compreende a morte aos onze anos. Não se aceita. Que os muito velhos morram, está certo. Mas a nossa mãe, a nossa fada, plena de juventude, de beleza, de saúde, transbordante de amor por nós, é justo que ela morra?" (pág. 262/263)
"E então me disse uma frase que ficou para sempre gravada no meu íntimo:
-Sabe, meu querido, não há idade para se ser órfão. Lembre-se disso toda a vida." (pág. 266)
"-Daqui em diante não quero mais negócios com gente séria. Mentem e roubam demasiado! No futuro só tratarei com malandros! Ao menos com esses a gente sabe com o que conta." (pág. 304)
Autor: Henri Charrière
Páginas: 446
Henri Charrière, autor do famoso clássico Papillon, conta neste livro as suas aventuras depois de sua fuga da prisão de Caiena. Conta do seu ódio e desejo de retornar para vingar-se de todos que o mandaram para a prisão e de como a Venezuela, que o acolheu com carinho, fez com que ele abandonasse essa ideia. Conta ainda da saga que foi escrever e publicar Papillon.
Em suma, conta as aventuras de um homem que tinha tudo para trilhar o lado mau da vida, mas que, pouco a pouco, descobre que a felicidade vem com as coisas simples: rever os familiares, um lar tranquilo, ajudar quem precisa e assim por diante. Dizem que a vida de muitos homens daria um livro: a de Henri Charrière deu dois.
Trechos interessantes:
"A não ser que esteja enraivecido, e nessa altura não há nada a fazer, um homem pode arrepender-se e tornar-se bom, se o ajudarem. É por isso que na Venezuela você será protegido: porque gostamos das pessoas e, com a ajuda de Deus, acreditamos nelas." (pág. 12)
"...a felicidade que vocês têm, e que eu espero vir a possuir um dia, valia muito mais que ser rico." (pág. 47)
"Um só inimigo conta na selva: o animal dos animais, o mais inteligente, o mais cruel, o pior, o mais cúpido, o mais odioso e também o mais maravilhoso: o homem." (pág. 66)
"Vou dizer-lhes uma coisa: quando vocês falam dos judeus julgo ver uma raça vomitando o seu ódio contra outra raça.
Vocês vivem na Venezuela, no meio do seu povo, e não são capazes de assimilar a maravilhosa filosofia das pessoas deste país. Aqui não há nenhuma discriminação, nem racial nem religiosa." (pág. 150)
"Cada um tem a sua lista de pessoas a abater, a condenar, a prender e, apesar da minha desgraça, não consigo deixar de rir quando ouço essas pessoas, sentadas num café ou na sala de um hotel de terceira categoria, criticar tudo e concluir que só elas são capazes de endireitar o mundo." (pág. 151)
"O homem mais meticuloso, o mais calculador, o mais genial organizador da sua vida é apenas um joguete perante o mistério do destino. Só o presente é certo; o resto é o desconhecido, que se chama sorte, azar, destino, ou ainda a misteriosa e incompreensível mão de Deus.
A única coisa que conta na vida, antes de mais nada: nunca se dar por vencido e, depois de um fracasso, recomeçar." (pág. 158)
"...conheci homens de todas as classes que me deram a sua amizade, com os quais arrisquei a vida, e com tudo isso me lamento? Estou duro ou quase? Isso não tem importância, a pobreza não é uma doença muito difícil de curar." (pág. 167)
"Esta morte, não a sinto como um homem de quarenta anos, na plena força da vida, que acaba de saber da morte do pai que não vê a vinte anos, sinto-a como um garoto de dez anos que teria vivido com o pai e que, tendo lhe desobedecido e faltado à escola, sabe da morte do pai ao chegar a casa." (pág. 228)
"Depois da morte da minha mãe, com apenas onze anos, guardava em mim este ferro em brasa que era a injustiça do destino. Não se compreende a morte aos onze anos. Não se aceita. Que os muito velhos morram, está certo. Mas a nossa mãe, a nossa fada, plena de juventude, de beleza, de saúde, transbordante de amor por nós, é justo que ela morra?" (pág. 262/263)
"E então me disse uma frase que ficou para sempre gravada no meu íntimo:
-Sabe, meu querido, não há idade para se ser órfão. Lembre-se disso toda a vida." (pág. 266)
"-Daqui em diante não quero mais negócios com gente séria. Mentem e roubam demasiado! No futuro só tratarei com malandros! Ao menos com esses a gente sabe com o que conta." (pág. 304)
quinta-feira, 4 de julho de 2013
Elogio da Loucura
Título: Elogio da Loucura
Autor: Erasmo de Rotterdam
Páginas: 125
O livro, apesar de pequeno, exigiu bastante do meu parco conhecimento. É um clássico, claro, que usa uma linguagem específica e possui amplas referências a personagens da história, mitologia, etc. Felizmente traz bastantes notas de rodapé, comentando justamente os trechos que pessoas com pouco conhecimento, como eu, ousam desconhecer.
A história em si é bem simples: como o título diz, faz-se um elogio à loucura. Segundo o autor o responsável pelo prazer e a alegria do homem nada mais é que a loucura. Apesar de todos buscarem a razão, a verdadeira felicidade está na existência da loucura.
Trechos interessantes:
"Ainda que os homens tenham o hábito de manchar minha reputação, e eu saiba muito bem como sou malquisto entre os tolos, tenho orgulho em vos dizer que esta Loucura é a única que pode trazer alegria aos homens e aos deuses." (pág. 15)
"Não tens quem te elogie? Elogia-te a ti mesmo." (pág. 16)
"Já escreveu sensatamente alguém que ser deus consiste em favorecer os mortais." (pág. 21)
"Assim é que se verifica que todo semelhante ama o seu semelhante." (pág. 24)
"Segundo a definição dos estóicos, sábio é aquele que vive de acordo com as regras da razão, e louco, ao contrário, é o que se deixa arrastar ao sabor de suas paixões." (pág. 28)
"Finalmente, a felicidade consiste, sobretudo, em querer ser o que se é." (pág. 34)
"Creso, rei da Lídia, foi o homem mais rico da terra. Tendo um dia perguntado a Sólon se não era ele o mais feliz dos mortais, o filósofo respondeu-lhe: 'Majestade, vós me pareceis muito rico, tendes um grande reino; reservo-me, porém, para responder à vossa pergunta quando fordes muito feliz'." (pág. 54)
"[...]Mas não penseis que não encontrem quem os aplauda, pois toda tolice, por mais grosseira que seja, sempre encontra sequazes." (pág. 62)
"[...]a loucura tem uma força maior do que a razão, porque, muitas vezes, aquilo que não se pode conseguir com nenhum argumento se obtém com uma chacota." (pág. 73)
"Quantas lindas lorotas não vão esses doutores impingindo a respeito do inferno? Conhecem tão bem todos os seus apartamentos, falam com tanta franqueza da natureza e dos vários graus do fogo eterno, e das diversas incumbências dos demônios, discorrem, finalmente, com tanta precisão sobre a república dos danados, que parecem já ter sido cidadãos da mesma durante muitos anos." (pág. 82/83)
"A loucura de Deus é melhor que a sabedoria dos homens." (pág. 108)
"Eu jamais desejaria beber com um homem que se lembrasse de tudo." (pág. 116)
Autor: Erasmo de Rotterdam
Páginas: 125
O livro, apesar de pequeno, exigiu bastante do meu parco conhecimento. É um clássico, claro, que usa uma linguagem específica e possui amplas referências a personagens da história, mitologia, etc. Felizmente traz bastantes notas de rodapé, comentando justamente os trechos que pessoas com pouco conhecimento, como eu, ousam desconhecer.
A história em si é bem simples: como o título diz, faz-se um elogio à loucura. Segundo o autor o responsável pelo prazer e a alegria do homem nada mais é que a loucura. Apesar de todos buscarem a razão, a verdadeira felicidade está na existência da loucura.
Trechos interessantes:
"Ainda que os homens tenham o hábito de manchar minha reputação, e eu saiba muito bem como sou malquisto entre os tolos, tenho orgulho em vos dizer que esta Loucura é a única que pode trazer alegria aos homens e aos deuses." (pág. 15)
"Não tens quem te elogie? Elogia-te a ti mesmo." (pág. 16)
"Já escreveu sensatamente alguém que ser deus consiste em favorecer os mortais." (pág. 21)
"Assim é que se verifica que todo semelhante ama o seu semelhante." (pág. 24)
"Segundo a definição dos estóicos, sábio é aquele que vive de acordo com as regras da razão, e louco, ao contrário, é o que se deixa arrastar ao sabor de suas paixões." (pág. 28)
"Finalmente, a felicidade consiste, sobretudo, em querer ser o que se é." (pág. 34)
"Creso, rei da Lídia, foi o homem mais rico da terra. Tendo um dia perguntado a Sólon se não era ele o mais feliz dos mortais, o filósofo respondeu-lhe: 'Majestade, vós me pareceis muito rico, tendes um grande reino; reservo-me, porém, para responder à vossa pergunta quando fordes muito feliz'." (pág. 54)
"[...]Mas não penseis que não encontrem quem os aplauda, pois toda tolice, por mais grosseira que seja, sempre encontra sequazes." (pág. 62)
"[...]a loucura tem uma força maior do que a razão, porque, muitas vezes, aquilo que não se pode conseguir com nenhum argumento se obtém com uma chacota." (pág. 73)
"Quantas lindas lorotas não vão esses doutores impingindo a respeito do inferno? Conhecem tão bem todos os seus apartamentos, falam com tanta franqueza da natureza e dos vários graus do fogo eterno, e das diversas incumbências dos demônios, discorrem, finalmente, com tanta precisão sobre a república dos danados, que parecem já ter sido cidadãos da mesma durante muitos anos." (pág. 82/83)
"A loucura de Deus é melhor que a sabedoria dos homens." (pág. 108)
"Eu jamais desejaria beber com um homem que se lembrasse de tudo." (pág. 116)
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