Título: Feios
Autor: Scott Westerfeld
Páginas: 416
Este é um livro sobre adolescentes e para adolescentes. Não que a história não seja interessante, mas o fato é que ela foca aquilo que é de extrema importância para os jovens: a aparência. Afinal, quando se é jovem, o que mais tem importância?
No livro (num futuro não determinado) os jovens, ao atingir 16 anos, recebem uma transformação corporal completa, passando a se tornar perfeitos. Esse é o sonho de todos os adolescentes e eles vivem contando os minutos aguardando a data tão esperada, quando deixarão seus defeitos, suas manias e suas aparências comuns e se tornarão perfeitos. Mas será que todo mundo quer ser perfeito? E o que há por trás disso tudo? Leia o livro e descubra.
Trechos interessantes:
"Havia um tipo de beleza, um encanto que todos viam. Olhos grandes e lábios grossos, como crianças; pele sedosa e brilhante; traços simétricos; e milhares de outras pistas. Em algum lugar no fundo de suas mentes, as pessoas buscavam esses sinais permanentemente. Ninguém podia evitar notá-los, qualquer que fosse sua criação. Um milhão de anos de evolução haviam tornado aquilo parte do cérebro humano." (pág. 20)
"-Ou talvez, depois que eles quebram e esticam seus ossos até alcançar o formato ideal, depois que arrancam seu rosto e raspam a pele, depois que enfiam maçãs do rosto plásticas na sua cara para que você fique igual a todo mundo... talvez, depois disso tudo, você simplesmente não seja mais tão interessante." (pág. 53)
"-[...]Não quero ser uma feia para o resto da vida. Quero aqueles olhos e lábios perfeitos, quero que todos me vejam e fiquem impressionados. E que todos que me virem perguntem 'quem é ela?' e queiram me conhecer e queiram ouvir o que tenho a dizer.
-Prefiro ter algo a dizer." (pág. 94)
"Cada dia que nascia parecia mudar a montanha, o céu e os vales próximos, tornando-os deslumbrantes de modos completamente diferentes. A natureza, afinal, não precisava de uma operação para ficar linda. Ela simplesmente era." (pág. 224)
"Pensou nas orquídeas que se espalhavam pelos campos lá embaixo, arrancando a vida das outras plantas e do próprio solo, num processo egoísta e incontrolável. Tally Youngblood era uma praga. E, ao contrário das orquídeas, sequer era bonita." (pág. 238)
"-Podemos mesmo fazer xixi num purificador? Quero dizer, para beber a água depois?
-Claro. Eu já fiz isso.
Tally fez uma cara de nojo e, em seguida, virou-se para a janela.
-Quem mandou perguntar...
Ele se aproximou, rindo baixinho, e pôs as mãos nos ombros dela.
-É incrível o que as pessoas são capazes de fazer para sobreviver - disse." (pág. 335)
domingo, 12 de janeiro de 2014
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