Título: A culpa é da mãe
Autor: Elizabeth Monteiro
Páginas: 280
Criar filhos nunca foi uma tarefa fácil e muitas das vezes ficamos indecisos em que postura adotar perante uma situação complicada. Claro que não há uma receita de bolo a ser seguida e que funcione igualmente com todos, mas, se desde cedo a família sempre foi unida e todos tratados com respeito e consideração, menos chance de ocorrer estas situações.
O livro mostra isso, através de casos pessoais da autora ou de seus pacientes, que o diálogo e respeito são fundamentais para uma família coesa e 'perfeita'. Muitos casos descritos são hilários e certamente você se identificará com alguns deles. No fim, a culpa é mesmo da mãe (no bom sentido, é claro).
Trechos interessantes:
"É importante pontuar que os filhos dependem muito mais das atitudes dos pais do que de seus sermões ou críticas. É preciso acreditar em seu potencial, em seus esforços, aprender com os erros para poder educar seus filhos. Seguir o modelo dos outros não é bom. Você precisa acreditar em seus valores e crenças. Deixar se guiar por eles. Seja você e deixe que o outro seja ele mesmo." (pág. 14)
"Alguém já disse que 'a maravilha da maternidade não está no fato de as mães gerarem filhos, mas no fato de filhos gerarem mães'. Só depois de muita guerra para crescer, adquirir confiança em si, amadurecer e individuar-se é que a filha deixa de se infantilizar perante a mãe e, nesse momento fabuloso, ela pode ver sua mãe como uma mulher." (pág. 42)
"Algumas mulheres perdem totalmente a identidade quando se tornam mães. Abandonam o que antes faziam e gostavam. Algumas passam a vestir-se de maneira diferente, deixam de ser as companheiras de seus namorados ou maridos, passam a exercer o papel de mãe 36 horas por dia. Chegam a ser mães de seus próprios maridos. O pior é que ficam chatas demais..." (pág. 61)
"As crianças não param, isso é uma verdade, principalmente quando se sentem presas ou percebem que não podemos lhes dar atenção. Elas acham que são as donas do mundo e nasceram para ser admiradas e servidas. O pior, ou o melhor de tudo é que isso é sinal de saúde em uma criança, pois a criança muito quietinha não sinaliza estar saudável. Desistiu de lutar para ser ela mesma." (pág. 79)
"Você não é Deus para julgar nem criticar ninguém. Olhe para si antes de julgar qualquer pessoa. Cultive sempre uma postura receptiva e carinhosa, multiplique os momentos de intimidade e prazer com sua família. Isso promove o equilíbrio emocional e a socialização de todos." (pág. 89/90)
"Quando morremos, ficamos sob a terra. 'O que os olhos não veem o coração não sente.' Mas quando idosos ficamos muitas vezes vagando como mortos entre os vivos e a velhice é muito ameaçadora em um mundo onde só existe lugar para beleza e perfeição. Por isso, a velhice é tão temida e nossos velhinhos são rejeitados." (pág. 94)
"Os filhos mais velhos costumam usar os mais novos de cobaias em suas experiências e ainda como dublê, escudo, arma, álibi... Em contrapartida, os mais novos também manipulam certas situações, porque sabem que os mais velhos são acusados de maltratá-los e, às vezes, os provocam só para que os pais briguem com eles. Por isso é que digo que em briga de filhos não se toma partido, não se mete a colher. Eles brigam para provocar você. Quando você não está, ninguém briga, porque eles sabem que você não está ali para defender e proteger a nenhum deles. É só você chegar e começa a confusão..." (pág. 111)
"É muito difícil julgar briga de filho,porque você acaba tomando partido e geralmente não testemunhou o acontecido. E quando toma partido favorece um filho e desfavorece outro. [...]
O importante é deixar claro que está proibido toda e qualquer agressão física. Aliás, é bom que você também pare de usar esse tipo de recurso para mostrar a sua força e poder. Isso é abuso, uma atitude que só serve para descarregar sua raiva e mostrar sua autoridade. Você é uma autoridade. Não precisa usar de autoritarismo nem de violência para afirmá-la ou autoafirmar-se." (pág. 112)
"Jean-Paul Sartre, filósofo francês, já dizia: 'Não importa o que fizeram a você. O que importa é o que você vai fazer daquilo que lhe fizeram'." (pág. 124)
"O seu filho precisa saber que metade da humanidade morre de fome, não tem onde morar e é totalmente desamparada no que diz respeito à saúde e à educação, enquanto uma pequena parcela da população mundial consome de tudo, esbanja e cultiva o supérfluo. E é exatamente essa minoria, que consome de forma alienada, que leva os nossos jovens a querer ter o status para substituir o vazio do ser." (pág. 146)
"Será que você sabe ouvir? Escuta seus filhos? Ou é do tipo que logo vai falando que já sabe o que aconteceu e que com você a coisa era pior... O fato é que a maioria das pessoas não consegue ter paciência para escutar e compreender. Elas ouvem com a intenção de responder." (pág. 163)
"A minha eternidade se dá por meio do meu trabalho, daquilo que deixo para a humanidade, desde as árvores que plantei em meu sítio até os livros que escrevi. Portanto, contemplo este entardecer de minha vida com extrema serenidade. Sei que quando a grande noite chegar cerrarei meus olhos tranquilamente, com um sorriso na alma." (pág. 171)
"Precisamos educar as crianças para a vida: falar da morte é preparar para a vida. Montaigne dizia que, 'como não sabemos onde ela nos espera, é melhor esperá-la em todo lugar'." (pág. 191)
"Como educar financeiramente? Acredito que nós damos a nossos filhos aquilo que temos. Isto é, se temos apenas a visão material da vida, se temos só amarguras, preconceitos, desconfianças, é isso que daremos a nossos filhos. De fato, devemos ensiná-los, desde cedo, a noção do valor e da função do dinheiro, para que cresçam com mais responsabilidade." (pág. 205)
"Amar é admirar o outro, é gostar de fazer coisas junto. Não é desejar ter o outro o tempo inteiro ao nosso lado, à nossa disposição." (pág. 216)
"Antes querer o nada, do que nada querer. (Nietzsche)" (pág. 261)
sábado, 30 de maio de 2015
quarta-feira, 27 de maio de 2015
A matemática nos tribunais
Título: A matemática nos tribunais
Autor: Leila Schneps e Coralie Colmez
Páginas: 286
A matemática sempre me fascinou. Enquanto a maioria detesta problemas, corro atrás deles e, na medida do possível, tento encontrar as soluções. Por isso, ao ver o livro em questão na estante de uma livraria, não tive dúvidas: comprei-o imediatamente na certeza de que desfrutaria de bons momentos.
O livro apresenta dez casos de tribunais onde a matemática teve a sua participação. Geralmente ela não teve uma participação decisiva no resultado em si, mas mostra muitos equívocos na forma como ela é apresentada, notadamente nas áreas de probabilidade e estatística. Há pequenas sutilezas que devem ser observadas e quem gosta de matemática certamente achará o conteúdo relevante.
Trechos interessantes:
"Uma vez que o evento já ocorreu, não se pode calcular retroativamente a probabilidade de ele ter ocorrido, e depois desconfiar que a probabilidade do acontecido é pequena demais." (pág. 29)
"Casada com um homem negro numa época de racismo feroz, Janet, de dezenove anos, deve ter experimentado repetidas vezes a censura da sociedade. Ignorante, pertencente à classe operária e pobre, ela não estava acostumada a lutar por seus direitos. Talvez pressentisse que, culpados ou inocentes, não havia chance alguma de que um julgamento resultasse em absolvição." (pág. 42)
"...se dois eventos são independentes, então a probabilidade de que ambos ocorram é obtida multiplicando-se as probabilidades de cada evento acontecer sozinho." (pág. 45)
"A probabilidade de um homem ter barba e bigode com toda certeza não é igual à probabilidade de um homem ter bigode multiplicada pela probabilidade de um homem ter barba, pois as barbas não acompanhadas de bigode são muito raras." (pág. 50)
"...o paradoxo de Simpson [cada grupo melhorou, contudo o resultado geral é idêntico] pode ser facilmente manipulado de maneira a iludir. Como disse o empregado de uma importante companhia de gás a um matemático amigo nosso: 'Tive de apresentar os resultados econômicos da empresa no ano passado, então perguntei-lhes se queriam uma apresentação mostrando que ganhamos dinheiro ou que perdemos dinheiro'." (pág. 131)
"Por que tão poucas moças optam por estudar matemática e engenharia? Essa questão tem ocupado muitos estudiosos da sociedade, e inúmeros fatores diferentes têm levado a culpa, abrangendo a psicologia do indivíduo, atitudes sociais profundamente arraigadas e até diferenças na fisiologia e nos métodos de educar as crianças." (pág. 146)
"Nossos hábitos diários de trabalho, com quantidade relativamente pequenas, pequenas distâncias e pequenos tamanhos, criam uma espécie de bloqueio mental contra números gigantes. A falta de experiência nos impede de ter um tipo de compreensão realística, não familiar, do significado dos números que medem as grandes quantidades que muitas vezes encontramos. Construímos nossas imagens mentais em torno do que estamos acostumados, e isso pode levar a grandes surpresas ao lidar com coisas ou quantidades extremamente grandes." (pág. 176)
"Cuidado com os investimentos com crescimento exponencial - eles não podem dar certo!" (pág. 198)
Autor: Leila Schneps e Coralie Colmez
Páginas: 286
A matemática sempre me fascinou. Enquanto a maioria detesta problemas, corro atrás deles e, na medida do possível, tento encontrar as soluções. Por isso, ao ver o livro em questão na estante de uma livraria, não tive dúvidas: comprei-o imediatamente na certeza de que desfrutaria de bons momentos.
O livro apresenta dez casos de tribunais onde a matemática teve a sua participação. Geralmente ela não teve uma participação decisiva no resultado em si, mas mostra muitos equívocos na forma como ela é apresentada, notadamente nas áreas de probabilidade e estatística. Há pequenas sutilezas que devem ser observadas e quem gosta de matemática certamente achará o conteúdo relevante.
Trechos interessantes:
"Uma vez que o evento já ocorreu, não se pode calcular retroativamente a probabilidade de ele ter ocorrido, e depois desconfiar que a probabilidade do acontecido é pequena demais." (pág. 29)
"Casada com um homem negro numa época de racismo feroz, Janet, de dezenove anos, deve ter experimentado repetidas vezes a censura da sociedade. Ignorante, pertencente à classe operária e pobre, ela não estava acostumada a lutar por seus direitos. Talvez pressentisse que, culpados ou inocentes, não havia chance alguma de que um julgamento resultasse em absolvição." (pág. 42)
"...se dois eventos são independentes, então a probabilidade de que ambos ocorram é obtida multiplicando-se as probabilidades de cada evento acontecer sozinho." (pág. 45)
"A probabilidade de um homem ter barba e bigode com toda certeza não é igual à probabilidade de um homem ter bigode multiplicada pela probabilidade de um homem ter barba, pois as barbas não acompanhadas de bigode são muito raras." (pág. 50)
"...o paradoxo de Simpson [cada grupo melhorou, contudo o resultado geral é idêntico] pode ser facilmente manipulado de maneira a iludir. Como disse o empregado de uma importante companhia de gás a um matemático amigo nosso: 'Tive de apresentar os resultados econômicos da empresa no ano passado, então perguntei-lhes se queriam uma apresentação mostrando que ganhamos dinheiro ou que perdemos dinheiro'." (pág. 131)
"Por que tão poucas moças optam por estudar matemática e engenharia? Essa questão tem ocupado muitos estudiosos da sociedade, e inúmeros fatores diferentes têm levado a culpa, abrangendo a psicologia do indivíduo, atitudes sociais profundamente arraigadas e até diferenças na fisiologia e nos métodos de educar as crianças." (pág. 146)
"Nossos hábitos diários de trabalho, com quantidade relativamente pequenas, pequenas distâncias e pequenos tamanhos, criam uma espécie de bloqueio mental contra números gigantes. A falta de experiência nos impede de ter um tipo de compreensão realística, não familiar, do significado dos números que medem as grandes quantidades que muitas vezes encontramos. Construímos nossas imagens mentais em torno do que estamos acostumados, e isso pode levar a grandes surpresas ao lidar com coisas ou quantidades extremamente grandes." (pág. 176)
"Cuidado com os investimentos com crescimento exponencial - eles não podem dar certo!" (pág. 198)
segunda-feira, 18 de maio de 2015
Perfeitos
Título: Perfeitos
Autor: Scott Westerfeld
Páginas: 382
Segundo livro da série. O grande sonho de Tally se realizou: ela agora é perfeita. Agora é só seguir em frente, de festa em festa, curtindo o fato de ser perfeita e estar rodeada de pessoas felizes e perfeitas.
Mas, de repente, tudo parece monótono demais e ela passa a se questionar se a vida antes de tornar perfeita era mesmo ruim. Um 'enfumaçado' entra em cena e ela resolve partir para Nova Fumaça. Mas os Especiais não estão satisfeitos e vão tentar impedi-la.
Trechos interessantes:
"Lembra-te de que as coisas mais belas do mundo são também as mais inúteis. [John Ruskin, As pedras de Veneza, I]" pág. (7)
"Aquele era o ponto mais importante de ser aceito num grupo: saber que tinha amigos, independentemente do que fizesse." (pág. 54)
"Naturalmente, depois que você alcança um objetivo, as coisas nunca são como o imaginado." (pág. 89)
"Largados à própria sorte, os seres humanos são uma praga. Eles se multiplicam sem controle, consomem todos os recursos naturais, destroem tudo em que botam as mãos." (pág. 144)
"-Tally, na cidade, todo mundo é manipulado. A finalidade de tudo que nos ensinam é nos deixar com medo de mudanças. Venho tentando explicar isso ao David: que, desde o dia em que nascemos, vivemos numa máquina que só serve para nos manter sob controle." (pág. 352)
Autor: Scott Westerfeld
Páginas: 382
Segundo livro da série. O grande sonho de Tally se realizou: ela agora é perfeita. Agora é só seguir em frente, de festa em festa, curtindo o fato de ser perfeita e estar rodeada de pessoas felizes e perfeitas.
Mas, de repente, tudo parece monótono demais e ela passa a se questionar se a vida antes de tornar perfeita era mesmo ruim. Um 'enfumaçado' entra em cena e ela resolve partir para Nova Fumaça. Mas os Especiais não estão satisfeitos e vão tentar impedi-la.
Trechos interessantes:
"Lembra-te de que as coisas mais belas do mundo são também as mais inúteis. [John Ruskin, As pedras de Veneza, I]" pág. (7)
"Aquele era o ponto mais importante de ser aceito num grupo: saber que tinha amigos, independentemente do que fizesse." (pág. 54)
"Naturalmente, depois que você alcança um objetivo, as coisas nunca são como o imaginado." (pág. 89)
"Largados à própria sorte, os seres humanos são uma praga. Eles se multiplicam sem controle, consomem todos os recursos naturais, destroem tudo em que botam as mãos." (pág. 144)
"-Tally, na cidade, todo mundo é manipulado. A finalidade de tudo que nos ensinam é nos deixar com medo de mudanças. Venho tentando explicar isso ao David: que, desde o dia em que nascemos, vivemos numa máquina que só serve para nos manter sob controle." (pág. 352)
sábado, 16 de maio de 2015
Cinco dias em Paris
Título: Cinco dias em Paris
Autor: Danielle Steel
Páginas: 254
Diretor de um laboratório farmacêutico vai a Paris para acompanhar um medicamento em teste e encontra a esposa de um senador, que sofre com a perda de um filho. O que começou como uma amizade transforma-se em paixão e mudará completamente o rumo de suas vidas.
Um romance estilo água com açúcar, característico do gênero, com um final totalmente previsível. É o tipo de romance que não se deve esperar grandes acontecimentos, mas somente uma história bem desenvolvida.
Trechos interessantes:
"Paris era uma cidade especial para ele, o auge de tudo com o que sempre sonhara e nem ao menos sabia que desejava. Ao longo dos anos ele trabalhara muito duro pelo que tinha, mesmo que uma parte do que conseguira parecesse ter chegado com facilidade a suas mãos. Mas Peter sabia melhor do que ninguém que não fora bem assim. Na vida, nada era de graça. Você trabalhava pelo que desejava ou então terminava de mãos vazias." (pág. 18)
"Sou como aquelas árvores artificiais, que eles levam para o palco. Não é preciso alimentá-las nem regá-las, basta apenas que se dê um jeito nelas para que tenham boa aparência quando for necessário um pequeno detalhe para enfeitar o cenário onde vai se desenrolar o espetáculo." (pág. 80)
"Acho que por fim ele se apaixonou pela política. Essa coisa que chamam de ambição política é feita de material intoxicante e comecei a perceber que ela exige mais de uma pessoa do que uma criança e parece oferecer mais excitação e paixão do que qualquer mulher. A política devora todos aqueles que dela se aproximam e é impossível amá-la e sobreviver. Simplesmente não se consegue. Sei disso. Por fim, ela consome tudo que se tem por dentro, todo amor, bondade e decência, destruindo tudo que se era antes e deixando apenas um político no lugar. Não é mais do que uma troca." (pág. 81)
"Ele não queria que aquilo acontecesse, estivera determinado a voltar e retomar tudo no ponto em que deixara, mas isso simplesmente não aconteceu. Era como abrir uma janela, ver uma paisagem e depois voltar para casa de novo." (pág. 202)
Autor: Danielle Steel
Páginas: 254
Diretor de um laboratório farmacêutico vai a Paris para acompanhar um medicamento em teste e encontra a esposa de um senador, que sofre com a perda de um filho. O que começou como uma amizade transforma-se em paixão e mudará completamente o rumo de suas vidas.
Um romance estilo água com açúcar, característico do gênero, com um final totalmente previsível. É o tipo de romance que não se deve esperar grandes acontecimentos, mas somente uma história bem desenvolvida.
Trechos interessantes:
"Paris era uma cidade especial para ele, o auge de tudo com o que sempre sonhara e nem ao menos sabia que desejava. Ao longo dos anos ele trabalhara muito duro pelo que tinha, mesmo que uma parte do que conseguira parecesse ter chegado com facilidade a suas mãos. Mas Peter sabia melhor do que ninguém que não fora bem assim. Na vida, nada era de graça. Você trabalhava pelo que desejava ou então terminava de mãos vazias." (pág. 18)
"Sou como aquelas árvores artificiais, que eles levam para o palco. Não é preciso alimentá-las nem regá-las, basta apenas que se dê um jeito nelas para que tenham boa aparência quando for necessário um pequeno detalhe para enfeitar o cenário onde vai se desenrolar o espetáculo." (pág. 80)
"Acho que por fim ele se apaixonou pela política. Essa coisa que chamam de ambição política é feita de material intoxicante e comecei a perceber que ela exige mais de uma pessoa do que uma criança e parece oferecer mais excitação e paixão do que qualquer mulher. A política devora todos aqueles que dela se aproximam e é impossível amá-la e sobreviver. Simplesmente não se consegue. Sei disso. Por fim, ela consome tudo que se tem por dentro, todo amor, bondade e decência, destruindo tudo que se era antes e deixando apenas um político no lugar. Não é mais do que uma troca." (pág. 81)
"Ele não queria que aquilo acontecesse, estivera determinado a voltar e retomar tudo no ponto em que deixara, mas isso simplesmente não aconteceu. Era como abrir uma janela, ver uma paisagem e depois voltar para casa de novo." (pág. 202)
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