Título: Desenganos
Autor: Judith Michael
Páginas: 482
Sabrina e Stephanie são duas gêmeas, perfeitamente idênticas, porém, cada uma com personalidade própria. Desde pequenas estiveram sempre juntas e, com o passar dos anos, se tornaram cada vez mais unidas. Stephanie casa-se com um professor e constrói uma família enquanto Sabrina vive nas altas rodas da sociedade.
Mas ambas gostariam de viver a vida da outra. Num determinado momento decidem trocar de lugar para viver uma nova experiência. Mas as coisas nem sempre são tão fáceis quanto se imagina... Poderão as duas enganar suas famílias e amigos? Por quanto tempo?
Trechos interessantes:
"Em todas as conversas de fim de noite com as amigas sobre sexo, horas eram gastas sobre a maneira de dizer sim ou não, mas nem um único minuto sobre como tomar a iniciativa." (pág. 35)
"-Fale alguma coisa sobre a exposição de antiguidades. Sabe de uma coisa? Sempre tive o desejo secreto de acariciar uma estátua nua. Será que posso ter agora minha oportunidade? Têm algumas estátuas nuas?
Stephanie riu. Que dia maravilhoso iam ter.
-Temos estátuas de nus. Se quiser estátuas nuas, você terá que despi-las." (pág. 49)
"Você conhece a velha superstição chinesa, de que se olharmos diretamente para alguma coisa bela ela desaparece? Podemos lançar um olhar de lado, mas nunca de frente, porque coisas belas são frágeis e passageiras e um olhar duro poderia destruí-las. Sinto-me assim a respeito de minha vida. Se falar sobre ela, ou olhá-la de perto demais, tudo pode desmoronar." (pág. 100)
"Por que alguém não notava que havia alguma coisa de errado?
Porque as pessoas veem o que esperam ver. Ninguém tem razão alguma para esperar que eu não seja Stephanie. O que quer que eu faça, descobrirão uma maneira de explicá-la porque, a não ser assim, a coisa não teria sentido. Quando pessoas acreditam que alguma coisa é verdadeira, esforçam-se para fazê-la parecer assim." (pág. 162)
"Um homem precisava falar sobre seu trabalho, compartilhá-lo com a família. Se não podia, por mais importante o trabalho pudesse ser para o resto do mundo, de alguma maneira tornava-se insignificante - uma parte de sua vida que lhe consumia horas todos os dias, mas que não conseguia despertar o interesse das pessoas mais importantes em sua vida." (pág. 218)
"-[...]Por que você não quer o emprego?
-Porque os únicos assuntos que meus anfitriões abordaram hoje foram o mercado, o consumidor, o dólar por hora de pesquisa, o retorno do investimento. Porque, para eles, a fusão de genes significa um produto, como se eu estivesse dirigindo uma equipe de chefes de cozinha que elaboram um novo cereal para o desjejum. Porque o que querem fazer é o que se acha que devem: ganhar dinheiro. Porque o que eu quero fazer é o que a universidade espera que eu faça: pesquisa e ensino. Porque não quero ter que explicar o motivo por que estou seguindo uma nova pista promissora em pesquisa, mesmo que ela não venha a resultar, durante anos, num produto... se algum dia vier a ser isso. Porque não posso estudar os problemas de genética e ao mesmo tempo ver a linha de lucros e perdas num balancete contábil. Porque, droga, este não é o meu lugar." (pág. 329)
"Os brasileiros dizem que o amor é a última coisa, não a primeira. Ele cresce devagar com o compartilhamento e a criação. Quando se vive junto e se constrói uma família, o amor vem." (pág. 381)
segunda-feira, 22 de setembro de 2014
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário