Título: A casa da seda
Autor: Anthony Horowitz
Páginas: 270
Estava temeroso ao iniciar a leitura do livro, pois as informações faziam tanta referência ao estilo das histórias de Sherlock Holmes, que fiquei com receio de me decepcionar. Qual nada! É como se você tivesse lendo uma história do próprio Conan Doyle. O autor conseguiu captar tão bem a atmosfera, o gênero e a excentricidade de Sherlock Holmes e o resultado não poderia ser outro: uma história digna do grande detetive.
Como sempre, a história começa com alguém solicitando a ajuda de Holmes para um caso que, aparentemente seria simples. E aí a história começa a se desenrolar, outros aspectos vão se conectando e, de repente, a história já tomou tamanha proporção e há tantas pessoas envolvidas que só mesmo o talento de Holmes para decifrá-la. Se você é fã de livros do gênero, com certeza não irá se decepcionar com a leitura.
Trechos interessantes:
"Creio ser desnecessário lembrá-los de que os gêmeos apareceram na mitologia desde os primórdios da civilização. Houve Rômulo e Remo, Apolo e Ártemis e Castor e Pólux, imortalizados para sempre como a constelação de Gêmeos no céu noturno." (pág. 28)
"Ele não podia ter mais de treze anos, mas apesar disso, como todos os outros, já era completamente adulto. A infância, afinal de contas, é o primeiro bem que a pobreza furta de uma criança." (pág. 54)
"[...]afinal até o próprio Lestrade dissera uma vez, brincando, que um capricho da Mãe Natureza havia lhe dado a aparência de um criminoso, não de um policial, e que, pensando bem, ele poderia ter sido um homem mais rico se tivesse escolhido tal profissão. Também Holmes comentou muitas vezes que suas próprias habilidades, em particular em matéria de forçar fechaduras e forjar falsificações, poderiam tê-lo tornado um criminoso tão bem-sucedido quanto era como detetive, e é divertido pensar que, num outro mundo, os dois homens poderiam ter trabalhado juntos no lado errado da lei." (pág. 65)
"O problema com você, Holmes, é que tem mania de complicar as coisas. Por vezes pergunto a mim mesmo se não faz de propósito. É como se precisasse que o crime representasse um desafio, como se ele tivesse de ser suficientemente extraordinário para merecer solução." (pág. 70)
"'Sr. Sherlock Holmes', disse, 'Sim, sim. Creio que ouvi falar a seu respeito. Um detetive? Não posso imaginar nenhuma circunstância em que suas atividades se conectariam com as minhas'." (pág. 109)
"Mostre a Holmes uma gota d'água e ele deduziria a existência do Atlântico. Mostre-a para mim, e eu procuraria uma torneira. Essa era a diferença entre nós." (pág. 169)
"O senhor poderia dizer que sou um pensador abstrato. O crime em sua forma mais pura é, afinal de contas, uma abstração, como a música. Eu reajo. Outros executam." (pág. 182)
"Existem, acredito, ocasiões em que sabemos ter chegado ao fim de uma longa jornada; em que, mesmo que ainda não divisemos nosso destino, sabemos de algum modo que, quando dobrarmos a esquina que está bem à nossa frente, lá estará ele." (pág. 218)
sábado, 21 de dezembro de 2013
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