Título: O mistério de Sittaford
Autor: Agatha Christie
Páginas: 220
Depois de ter lido inúmeros livros da "Rainha do crime", ainda não me acostumei à ausência de Mrs. Marple ou Hercule Poirot como personagem principal. Parece que fica faltando alguma coisa para dar consistência à história. Eu sei que é implicância minha, mas é como me sinto.
A história em si não tem novidades: um homem é assassinado, muitos teriam motivo mas, aparentemente, ninguém teria a oportunidade e a culpa inicialmente cai sobre aquele que não tem um álibi. O inspetor local e a namorada do acusado se desdobram para provar que o culpado é, como seria de imaginar, o menos provável.
Trechos interessantes:
"Uma jovem bonita, um tanto magra, sem dúvida, mas afinal todas as moças tinham esse tipo atualmente. Entretanto nos jornais liam-se que as curvas estavam voltando, o que já não era sem tempo. Afinal o que haveria de bom numa mulher se ela não se parecesse exatamente com o que é: uma mulher?" (pág. 12)
"Minha experiência me diz, sargento, que um homem que faz inimizades num lugar poderá criá-las em outro, mas admito que não podemos colocar inteiramente de lado essa possibilidade." (pág. 30/31)
"Ele não era um homem muito simpático... Estou certa de que não o foi. E nem uma pessoa a quem se pudesse recorrer numa dificuldade qualquer, sempre exigente e crítico. Não era o tipo de homem que soubesse aquilatar o valor da literatura. O sucesso... o verdadeiro êxito nem sempre é avaliado em termos de dinheiro, inspetor." (pág. 70)
"Na verdade o que queria era transformar o Sr. Enderby numa espécie de detetive particular a seu serviço. Para ir onde ela lhe indicasse, fazer as perguntas que ela própria gostaria de formular e ser como um servidor seu, de modo geral. Mas tinha consciência da necessidade de disfarçar essa intenção com palavras lisonjeiras e amáveis. Na realidade, ela seria o patrão, no caso, mas precisava de tato para persuadir o Sr. Enderby." (pág. 78)
"Desejaria, de todo coração, ter conhecido, nem que fosse apenas de passagem, o falecido capitão. É tão difícil formar uma opinião sobre uma pessoa que nunca se viu [...]." (pág. 107)
"[...]Num lugar como este tem-se que ensinar as pessoas a deixarem um homem em paz. Estão sempre batendo à nossa porta, se insinuando e bisbilhotando. Não me incomodo de ver pessoas aqui quando estou disposto... mas tem que ser a meu modo e não do delas. Nem o velho Trevelyan, com seus ares de senhor feudal, entrava aqui quando queria. Não há viva alma neste lugar que me venha incomodar agora." (pág. 124)
sábado, 14 de setembro de 2013
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