Título: A caixa vermelha
Autor: Rex Stout
Páginas: 224
Nero Wolfe é um detetive particular, deveras inteligente e obeso, apaixonado por orquídeas e com total desprezo pela vida social. Mas é um grande detetive e vive assediado por todos para a resolução de enigmas, como a da caixa vermelha citada no livro.
Gosto de livros policiais, detetives, mistérios, suspense, etc, mas achei o livro muito monótono. Não há nada que prenda o leitor e que o leve a tentar solucionar a trama. E mesmo a solução me pareceu bem simplista, descaracterizando o suspense que o livro pretendeu transmitir. No fundo me pareceu que Nero Wolfe nada mais é que uma tentativa de se comparar a Sherlock Holmes. Tentativa frustrada, na minha opinião.
Trechos interessantes:
"-Compreenda isto, Srta. Frost: eu sou um detetive. Por isso mesmo, conquanto possa ser acusado de incompetência ou estupidez, não poderei ser acusado de impertinência. Por mais absurdas ou irrelevantes minhas perguntas lhe pareçam, elas podem estar repletas da maior significação e das mais sinistras implicações." (pág. 21)
"-Há três coisas que me agradam no senhor, cavalheiro, mas o senhor tem diversos maus hábitos. Um deles, a suposição de que palavras são tijolos a serem lançados contra as pessoas num esforço para desnorteá-las. O senhor precisa aprender a acabar com isso." (pág. 36/37)
"-Peço-lhe, cavalheiro. Esta sala esteve cheia de idiotas esta tarde e, para variar, eu gostaria de alguma sanidade." (pág. 92)
"-Antipatizo com os ultimatos, até mesmo com os meus. Mas isto já foi longe demais." (pág. 93)
"A Polícia passou aqui a maior parte do dia e compreendi na ocasião quão pouco realmente sabia de Boyd, embora o conhecesse há mais de vinte anos." (pág. 141)
"De qualquer maneira, tenho um encontro no centro da cidade, para arrancar sangue de uma pedra o que será facílimo." (pág. 150)
"Alguns grandes homens, quando morrem, deixam o cérebro para um laboratório científico. Wolfe devia deixar o estômago." (pág. 182)
sexta-feira, 31 de agosto de 2012
quinta-feira, 23 de agosto de 2012
A cruzada do ouro
Título: A cruzada do ouro
Autor: David Gibbins
Páginas: 376
Achei o livro um tanto confuso. Pra começar, a história demora a engrenar, somente chegando à página 200 é que a história começa a fazer sentido. Mesmo assim faz pouco sentido.
Também, o que se pode esperar quando se mistura vikings, nazistas, maias, arqueologia, religião e um monte de outras coisas? É muito pra minha cabeça! Pelo que entendi o livro é uma espécie de continuação de "Atlantis", talvez por isso eu tenha ficado um tanto deslocado.
Penso que são muitas páginas pra pouca história, mas mesmo assim li até o final.
Trechos interessantes:
"'Lembre o que o professor Dillen sempre insistia conosco em Cambridge', murmurou Hiebermeyer. 'Que os maiores crimes contra a cristandade sempre foram causados pelos próprios cristãos'". (pág. 34)
"'Foi desse lugar que saiu o iceberg que afundou o Titanic', disse Macleod; seu pesado sotaque irlandês ficava mais acentuado no interfone. 'Essa é uma das correntes glaciais que se movem mais rapidamente no mundo'". (pág. 88)
"'Os groenlandeses ainda usam trenós de cachorros no inverno', disse Macleod, agora com o capuz puxado para trás. 'Grande parte do terreno é muito desigual para ser percorrido por um snow-mobile, e a calota polar fica muito afastada de uma estação de combustível. Eles mantêm os cachorros presos durante todo o verão e atiram neles quando ficam muito velhos para trabalhar. Não são animais aos quais eles se apegam, não são animais de estimação'". (pág. 116)
"'A Santa Sé não se limita apenas à orientação espiritual', disse O'Connor. 'Durante séculos nossa sobrevivência dependia de força no mundo dos homens, de poder para persuadir o relutante a submeter-se a Deus'". (pág. 206)
"Atrás de cada mito há alguma realidade". (pág. 211)
Autor: David Gibbins
Páginas: 376
Achei o livro um tanto confuso. Pra começar, a história demora a engrenar, somente chegando à página 200 é que a história começa a fazer sentido. Mesmo assim faz pouco sentido.
Também, o que se pode esperar quando se mistura vikings, nazistas, maias, arqueologia, religião e um monte de outras coisas? É muito pra minha cabeça! Pelo que entendi o livro é uma espécie de continuação de "Atlantis", talvez por isso eu tenha ficado um tanto deslocado.
Penso que são muitas páginas pra pouca história, mas mesmo assim li até o final.
Trechos interessantes:
"'Lembre o que o professor Dillen sempre insistia conosco em Cambridge', murmurou Hiebermeyer. 'Que os maiores crimes contra a cristandade sempre foram causados pelos próprios cristãos'". (pág. 34)
"'Foi desse lugar que saiu o iceberg que afundou o Titanic', disse Macleod; seu pesado sotaque irlandês ficava mais acentuado no interfone. 'Essa é uma das correntes glaciais que se movem mais rapidamente no mundo'". (pág. 88)
"'Os groenlandeses ainda usam trenós de cachorros no inverno', disse Macleod, agora com o capuz puxado para trás. 'Grande parte do terreno é muito desigual para ser percorrido por um snow-mobile, e a calota polar fica muito afastada de uma estação de combustível. Eles mantêm os cachorros presos durante todo o verão e atiram neles quando ficam muito velhos para trabalhar. Não são animais aos quais eles se apegam, não são animais de estimação'". (pág. 116)
"'A Santa Sé não se limita apenas à orientação espiritual', disse O'Connor. 'Durante séculos nossa sobrevivência dependia de força no mundo dos homens, de poder para persuadir o relutante a submeter-se a Deus'". (pág. 206)
"Atrás de cada mito há alguma realidade". (pág. 211)
domingo, 19 de agosto de 2012
Mito em chamas
Título: Mito em chamas
Autor: José Louzeiro
Páginas: 224
Mão Branca foi um justiceiro que apareceu no Rio de Janeiro na década de 80. Pelo menos essa era a versão que foi transmitida à população. Na verdade, o justiceiro que acabava com os bandidos que a polícia não conseguia, foi imaginado por um jornalista da época, com o intuito de aumentar as vendas do jornal.
O livro - com o subtítulo "A lenda do justiceiro Mão Branca" - faz uma espécie de caso-verdade, mostrando as artimanhas de Carlão, o criador do mito, para que todos se convençam de que a figura é real. No meio da história, os próprios bandidos se beneficiam da situação e passam a endossar a criação da personagem.
A história é bem desenvolvida, mostrando que a polícia é conivente com muitas ações perpretadas pelos bandidos, importando-se apenas pelo jogo do poder. O final da história é meio vago, dando a impressão de que não acabou...
Trechos interessantes:
"...o repórter tem que ser um criador. De uma notinha assim faz uma epopeia. É o que vai acontecer." (pág. 20)
"-O mais importante nisso tudo é que o Mão Branca saiu das trevas para as chamas. É a libertação do mito! Se não fosse você, apodreceria no anonimato." (pág. 27)
"-Sabe o que tô fazendo, sem-vergonha?
-O bilhete de despedida. Todo suicida cuida desse detalhe antes de pular no abismo." (pág. 38)
"A cada dez crimes registrados na cidade, a PM tá metida em onze!" (pág. 74)
"O momento faz o heroi. A história tá cheia de exemplos." (pág. 82)
"-Tenho uma proposta para que você não afunde no ridículo. Afinal, se sua teimosia me irrita, admiro-lhe o talento." (pág. 125)
"-E se ele morre?
-Cumpre-se a vontade do Altíssimo. Nossas intenções, o senhor bem sabe, eram as melhores possíveis. Ocorre que o cinesíforo foi com muita sede ao pote.
-Cine... o quê, chefia? Não captei!
-O motorista se precipitou. Sectarizou. Em vez de disparar no pé, como fizeram ilustres poetas do romantismo, foi direto à clavícula, sem entender patavina de anatomia. E o senhor, de certa forma, é cúmplice do ato insano." (pág. 138)
Autor: José Louzeiro
Páginas: 224
Mão Branca foi um justiceiro que apareceu no Rio de Janeiro na década de 80. Pelo menos essa era a versão que foi transmitida à população. Na verdade, o justiceiro que acabava com os bandidos que a polícia não conseguia, foi imaginado por um jornalista da época, com o intuito de aumentar as vendas do jornal.
O livro - com o subtítulo "A lenda do justiceiro Mão Branca" - faz uma espécie de caso-verdade, mostrando as artimanhas de Carlão, o criador do mito, para que todos se convençam de que a figura é real. No meio da história, os próprios bandidos se beneficiam da situação e passam a endossar a criação da personagem.
A história é bem desenvolvida, mostrando que a polícia é conivente com muitas ações perpretadas pelos bandidos, importando-se apenas pelo jogo do poder. O final da história é meio vago, dando a impressão de que não acabou...
Trechos interessantes:
"...o repórter tem que ser um criador. De uma notinha assim faz uma epopeia. É o que vai acontecer." (pág. 20)
"-O mais importante nisso tudo é que o Mão Branca saiu das trevas para as chamas. É a libertação do mito! Se não fosse você, apodreceria no anonimato." (pág. 27)
"-Sabe o que tô fazendo, sem-vergonha?
-O bilhete de despedida. Todo suicida cuida desse detalhe antes de pular no abismo." (pág. 38)
"A cada dez crimes registrados na cidade, a PM tá metida em onze!" (pág. 74)
"O momento faz o heroi. A história tá cheia de exemplos." (pág. 82)
"-Tenho uma proposta para que você não afunde no ridículo. Afinal, se sua teimosia me irrita, admiro-lhe o talento." (pág. 125)
"-E se ele morre?
-Cumpre-se a vontade do Altíssimo. Nossas intenções, o senhor bem sabe, eram as melhores possíveis. Ocorre que o cinesíforo foi com muita sede ao pote.
-Cine... o quê, chefia? Não captei!
-O motorista se precipitou. Sectarizou. Em vez de disparar no pé, como fizeram ilustres poetas do romantismo, foi direto à clavícula, sem entender patavina de anatomia. E o senhor, de certa forma, é cúmplice do ato insano." (pág. 138)
domingo, 12 de agosto de 2012
Histórias de fantasmas
Título: Histórias de fantasmas
Autor: Charles Dickens
Páginas: 192
Pequeno livro de contos de Dickens, contendo treze histórias, nas quais sempre aparecem, de uma forma ou de outra, fantasmas, assombrações, mistérios, coisas estranhas e por aí vai.
Usando um linguajar rebuscado e característico da época, as histórias transmitem uma sensação de "coisas do além", impregnando no leitor o clima sombrio e tétrico desejado pelo autor.
Trechos interessantes:
"...ele fizera bobagens, não aproveitara as oportunidades, decaíra; e nunca mais se levantou. Não tinha nenhuma reclamação a fazer. Havia feito sua própria cama e nela se deitado. Era tarde demais para fazer outra." (pág. 12)
"Há muitos lugares, mesmo neste mundo sombrio, mais prazerosos do que Malborough Downs quando venta forte; e se você juntar um anoitecer melancólico de inverno, uma estrada lamacenta e molhada, tudo debaixo de fortes pancadas de chuva, e experimentar o efeito disso na própria pele, você terá ideia de toda a força dessa observação." (pág. 36/37)
"Cavalheiros, há uma história antiga - mas nem por isso menos verdadeira - sobre um jovem e elegante cavalheiro irlandês que, ao ser perguntado se era capaz de tocar a rabeca, respondeu claro que sim, mas não podia afirmar com certeza, pois nunca havia tentado." (pág. 87)
"...um homem não sabe do que é capaz até tentar, cavalheiros." (pág. 87)
"...e então, irrompendo no átrio, chutou os dois sarjas-verdes mais acostumados a levar pontapés e, amaldiçoando os outros à volta, mandou-lhes que fossem à... não interessa onde. Não sei como se diz em alemão. Se soubesse, eu diria... delicadamente, é claro." (pág. 99)
Autor: Charles Dickens
Páginas: 192
Pequeno livro de contos de Dickens, contendo treze histórias, nas quais sempre aparecem, de uma forma ou de outra, fantasmas, assombrações, mistérios, coisas estranhas e por aí vai.
Usando um linguajar rebuscado e característico da época, as histórias transmitem uma sensação de "coisas do além", impregnando no leitor o clima sombrio e tétrico desejado pelo autor.
Trechos interessantes:
"...ele fizera bobagens, não aproveitara as oportunidades, decaíra; e nunca mais se levantou. Não tinha nenhuma reclamação a fazer. Havia feito sua própria cama e nela se deitado. Era tarde demais para fazer outra." (pág. 12)
"Há muitos lugares, mesmo neste mundo sombrio, mais prazerosos do que Malborough Downs quando venta forte; e se você juntar um anoitecer melancólico de inverno, uma estrada lamacenta e molhada, tudo debaixo de fortes pancadas de chuva, e experimentar o efeito disso na própria pele, você terá ideia de toda a força dessa observação." (pág. 36/37)
"Cavalheiros, há uma história antiga - mas nem por isso menos verdadeira - sobre um jovem e elegante cavalheiro irlandês que, ao ser perguntado se era capaz de tocar a rabeca, respondeu claro que sim, mas não podia afirmar com certeza, pois nunca havia tentado." (pág. 87)
"...um homem não sabe do que é capaz até tentar, cavalheiros." (pág. 87)
"...e então, irrompendo no átrio, chutou os dois sarjas-verdes mais acostumados a levar pontapés e, amaldiçoando os outros à volta, mandou-lhes que fossem à... não interessa onde. Não sei como se diz em alemão. Se soubesse, eu diria... delicadamente, é claro." (pág. 99)
sábado, 4 de agosto de 2012
Você está sendo vigiado
Título: Você está sendo vigiado
Autor: Gregg Hurwitz
Páginas: 262
Livro para ser lido de um só fôlego, tal é o ritmo alucinante da história. Patrick Davis é um roteirista de um filme intitulado justamente "Você está sendo vigiado" e, de repente, descobre que ele próprio está sendo vigiado. Inicia aí uma situação surrealista, cheia de reviravoltas, surpresas e mistérios que permeiam os dramas policiais.
Paralelamente à história da espionagem há os problemas de relacionamento de Patrick e Ariana, acrescentando um novo ingrediente à trama. Seguramente, para os amantes do gênero é um livro excelente pois a leitura prende a atenção, apesar da história mirabolante. A leitura é agradável e isso é o que interessa.
Trechos interessantes:
"Nunca desista, é o que dizem.
Siga seus sonhos.
Mas há outro provérbio que talvez seja mais adequado.
Cuidado com o que deseja." (pág. 16)
"Siga seus sonhos. Mas ninguém fala no que precisamos deixar pelo caminho. Os sacrifícios. As inúmeras maneiras pelas quais a vida pode ir pelo ralo enquanto esperamos o sol nascer." (pág. 18)
"Não consegui me lembrar da última vez que me senti tão bem-disposto. Em vez de Vidas em jogo, eu era protagonista de A corrente do bem." (pág. 107)
"-Antigamente você precisava ser famoso para ser famoso. Mas agora? O real é falso e o falso é real! Que atração é essa por monitorar tudo e colocar uma câmera em todos os lugares?" (pág. 128)
"-Você sabe como se cozinha um sapo, Patrick?
-Sei - respondi. - Se jogar o animal na água quente, ele pula para fora. Então você coloca o sapo dentro da água fria e cozinha em fogo baixo. Ele não percebe que está sendo cozido." (pág. 202)
"Eu tinha lido em algum lugar que um elefante pode ficar preso por um barbante sem saber que pode se desvencilhar dele. Isso acontece porque o animal simplesmente acredita que está preso." (pág. 207)
"Falam do amor como se ele se resumisse a dançar de rosto colado, fazer amor até de manhã e dar joias de presente. Mas esse sentimento pode muito bem significar ver a esposa sentada no chão da cozinha em posição de lótus depois de uma corrida, procurando uma frigideira dentro do armário." (pág. 210)
"Minha vida já não é mais como um filme. Minha vida é... minha!" (pág. 260)
Autor: Gregg Hurwitz
Páginas: 262
Livro para ser lido de um só fôlego, tal é o ritmo alucinante da história. Patrick Davis é um roteirista de um filme intitulado justamente "Você está sendo vigiado" e, de repente, descobre que ele próprio está sendo vigiado. Inicia aí uma situação surrealista, cheia de reviravoltas, surpresas e mistérios que permeiam os dramas policiais.
Paralelamente à história da espionagem há os problemas de relacionamento de Patrick e Ariana, acrescentando um novo ingrediente à trama. Seguramente, para os amantes do gênero é um livro excelente pois a leitura prende a atenção, apesar da história mirabolante. A leitura é agradável e isso é o que interessa.
Trechos interessantes:
"Nunca desista, é o que dizem.
Siga seus sonhos.
Mas há outro provérbio que talvez seja mais adequado.
Cuidado com o que deseja." (pág. 16)
"Siga seus sonhos. Mas ninguém fala no que precisamos deixar pelo caminho. Os sacrifícios. As inúmeras maneiras pelas quais a vida pode ir pelo ralo enquanto esperamos o sol nascer." (pág. 18)
"Não consegui me lembrar da última vez que me senti tão bem-disposto. Em vez de Vidas em jogo, eu era protagonista de A corrente do bem." (pág. 107)
"-Antigamente você precisava ser famoso para ser famoso. Mas agora? O real é falso e o falso é real! Que atração é essa por monitorar tudo e colocar uma câmera em todos os lugares?" (pág. 128)
"-Você sabe como se cozinha um sapo, Patrick?
-Sei - respondi. - Se jogar o animal na água quente, ele pula para fora. Então você coloca o sapo dentro da água fria e cozinha em fogo baixo. Ele não percebe que está sendo cozido." (pág. 202)
"Eu tinha lido em algum lugar que um elefante pode ficar preso por um barbante sem saber que pode se desvencilhar dele. Isso acontece porque o animal simplesmente acredita que está preso." (pág. 207)
"Falam do amor como se ele se resumisse a dançar de rosto colado, fazer amor até de manhã e dar joias de presente. Mas esse sentimento pode muito bem significar ver a esposa sentada no chão da cozinha em posição de lótus depois de uma corrida, procurando uma frigideira dentro do armário." (pág. 210)
"Minha vida já não é mais como um filme. Minha vida é... minha!" (pág. 260)
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