Título: Bazinga!
Autor: Toni de la Torre
Páginas: 224
Um dos melhores seriados que já assisti, foi "The Big Bang Theory". Trata-se de um humor fino, com estilo e não aquele humor escrachado que beira ao ridículo. Um bando de nerds às voltas com projetos científicos e ao mesmo tempo brincadeiras infantis, se sentem deslocados com a vizinha gostosa que se mudou para o apartamento em frente.
Desse bando de nerds, sem dúvida, Sheldon é um caso à parte. Tem um mundo próprio, se considera o melhor de todos, não tem vida social e não perde nenhuma oportunidade em alfinetar quem quer que seja, demonstrando seu conhecimento e muitas vezes, sem que o outro se aperceba da situação. O livro é como se Sheldon tentasse se explicar aos demais. Não que ele precise, é claro.
Trechos interessantes:
"Ninguém tem o direito de dizer ao outro que ele é diferente, por um motivo muito simples: todos somos. E eu acrescentaria: ainda bem!" (pág. 14)
"Muitas pessoas passam o dia olhando para seu umbigo e pretendem que os demais façam o mesmo, contando seus dilemas e dando voltas no mesmo lugar várias vezes. Talvez Sheldon tenha razão. Talvez nós damos demasiada importância a cada minúcia do que acontece conosco." (pág. 44)
"Ramona: Dr. Cooper, preciso dizer que seus amigos o impedem de avançar.
Sheldon: Prefiro pensar que eu os estou ajudando a avançar." (pág. 62)
"Você sabe que eu sou um cara muito inteligente. Não acha que se estivesse errado eu saberia?" (pág. 78)
"A necessidade de encontrar outro ser humano para compartilhar a vida sempre me intrigou. Na certa porque sou tão interessante sozinho." (pág. 107)
"Howard decide furar a noite de Halo para sair com Christy (1x07), algo que Sheldon não entende, pois segundo ele Halo é melhor que sexo. 'Até onde sei, sexo não ganhou um upgrade que inclua gráficos de alta definição e sistemas melhorados de armas', argumenta." (pág. 142)
"Navalha de Occam
Princípio metodológico e filosófico atribuído a William de Occam, segundo o qual 'se em tudo o mais forem idênticas as várias explicações de um fenômeno, a mais simples é a melhor' [pluralitas non est ponenda sine necessitate]. Isso implica que, quando duas teorias competem entre si, a mais simples tem mais probabilidade de ser a correta." (pág. 160/161)
"Princípio antrópico
Princípio que estabelece que qualquer teoria válida sobre o Universo deve ser compatível com a existência do ser humano (a palavra antrópico vem do grego anthropos, que significa homem). O enunciado clássico desse princípio diz que 'o mundo é necessariamente como é porque há seres que se perguntam por que é assim'. Ou como Sheldon a expõe: 'Se quisermos explicar por que nosso Universo existe da forma como existe, a resposta é que deve ter qualidades que permitem o crescimento de criaturas inteligentes que são capazes de fazer a pergunta'." (pág. 165)
"Trilema de Munchhausen
Argumento filosófico que mostra a suposta impossibilidade de demonstrar a certeza de uma afirmação mesmo em campos tão rigorosos como a lógica e a matemática. O trilema consiste em que só temos três formas de efetuar a demonstração, todas elas inaceitáveis: (1) o argumento circular: demonstramos A a partir de B, mas então necessitamos demonstrar B a partir de C, e assim sucessivamente, até que em algum momento acabaremos voltando a A; (2) o argumento regressivo: quando nunca regressamos a A, e o processo se repete até o infinito; e (3) o argumento axiomático, que se baseia em verdades básicas aceitas como certas por consenso. O nome do trilema é uma ironia dirigida ao barão de Munchhausen que supostamente teria escapado de um lamaçal puxando o próprio cabelo." (pág. 189)
"Penny: Posso fazer uma pergunta?
Sheldon: Pela sua educação em faculdades comunitárias, eu a encorajo a fazer o máximo de perguntas possível." (pág. 197)
"Penny, sei que você acha que está sendo generosa, mas a base de dar presente é a reciprocidade. Você não me deu um presente. Você me deu uma obrigação." (pág. 199)
"Certo, Leonard, sei que você teme me desapontar, mas quero que se sinta melhor sabendo que minhas expectativas em relação a você são muito baixas." (pág. 209)
sexta-feira, 16 de janeiro de 2015
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário